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“São Paulo é onde tudo acontece”, diz DJ holandês

Armin van Buuren, um dos nomes mais respeitados da música eletrônica, se apresenta nesta sexta-feira (3) no Anhembi

Por Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 14h01 - Publicado em 2 out 2014, 14h18

Nesta sexta (3), o DJ holandês Armin van Buuren retorna à capital paulista para apresentar o Armin Only, baseado em seu novo álbum Intense. Nele, o artista será apenas o coadjuvante. Bailarinos e artistas se espalham no palco para um espetáculo de seis horas. “Todo espetáculo gira em torno da música, eu quase não apareço e é assim que tem de ser”, disse o DJ para VEJA SÃO PAULO. A apresentação acontece a partir das 23 horas, no Anhembi. Confira a entrevista com o artista:

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VEJA SÃO PAULO: O que podemos esperar deste seu novo show?

A apresentação terá seis horas e sou o único DJ. Tanto que se chama Armin Only (na tradução livre: Apenas Armin). Vou levar seis cantores, dançarino e uma banda inteira, além de uma equipe de vinte pessoas responsável pelos efeitos visuais. 

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VSP: Com tante gente, parece que você não é o centro das atenções no palco…

Sempre tive o sonho de fazer um longo set e acho que a música é o centro do espetáculo. Tudo gira em torno da música. É assim que tem de ser. A minha proposta é construir uma história inteira. Quero levar as pessoas para uma jornada, e não tocar apenas os grandes hits.

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VSP: Você já veio diversas vezes para São Paulo. Onde gosta de ir quando está aqui?

Fogo de chão! Eu adoro picanha. Infelizmente, quando estou em São Paulo, não consigo andar muito. Fico apenas por uma noite. Então, circulo apenas por shopping, restaurante e hotel. Mas, quando fui a Maresias, eu andei pela praia e isso foi muito bom. O Brasil é um dos meus países favoritos para visitar.

VSP: Por falar em Brasil, o que você acha do público daqui?

Sabe que demorou muito para eu me apresentar aí. Só nos últimos seis anos consegui marcar shows no Brasil [Armin tem mais de 15 anos de carreira]. Antes minha carreira era muito focada no mercado norte-americano e no Reino Unido. Fiz o State of Trance em São Paulo e também o Carnaval, além de ter passado por outras cidades do país, como Florianópolis. Mas São Paulo é o epicentro. É onde tudo acontece. E é uma honra porque vejo que tem muita gente me seguindo e chegando aos meus shows.

VSP: Você é um dos DJs que mais estiveram no topo e ainda continua se renovando. Como você explica o sucesso?

Nunca tentei ser o número um. Não acordo de manhã e penso: vou estar no topo porque vou fazer um novo hit. Só quero me divertir e fazer boa música. E você só é bom até a sua última música, ou seja, você tem de melhorar sempre. Mas não tento ser o melhor do mundo. Só quero fazer a música que gosto e que me inspira.

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VSP: De onde vem sua inspiração?

Normalmente, eu me inspiro ouvindo novos sons e entro no estúdio e tento recriá-lo de alguma forma original. Quando toco na pista, vejo a reação das pessoas e tento desenvolver a música. A faixa Ping Pong, por exemplo (lançada no primeiro semestre), tirei do som do videogame que eu jogava quando era criança nos anos 70. Tiro de tudo quanto é lugar. Às vezes as pessoas gostam, às vezes não.

VSP: Você acha que hoje está mais fácil fazer música?

Bem, está mais fácil lançar música. Porém, como está mais fácil, tem um monte de DJ surgindo. E isso significa maior competição. Não está mais fácil chegar ao topo.

VSP: E o que define um bom DJ e um mau DJ?

É uma pergunta muito difícil e acredito que a imprensa tem a melhor resposta. Você me diz se sou bom ou ruim. Ou se um DJ é bom ou ruim. Tento fazer uma boa música, tento me conectar com o público, impressioná-lo. Converso com os meus fãs, respeito outros DJs. Acho que você teria que perguntar aos fãs. Não consigo responder isso.

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