“Será disputa entre Davi e Golias”, diz diretor de animação
<em>O Menino e o Mundo</em> é o único representante do Brasil no prêmio e concorre com animações como <em>Divertida Mente</em>
O diretor Alê Abreu acompanhou a divulgação dos concorrentes ao Oscar 2016 pela internet, na Serra da Mantiqueira, durante uma folga. “Eu sempre achei que seria muito pouco provável, mas, na manhã de ontem (quinta-feira, 14), acordei com a intuição de que nós seríamos indicados”, contou em entrevista.
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A grata surpresa veio acompanhada de muita estratégia para divulgar O Menino e o Mundo ao longo deste ano. “Acho que nós temos chance”, disse. “O grande desafio agora é fazer o filme ser visto”. Ele deve voltar em cartaz na rede Espaço Itaú de Cinema na próxima quinta (21).
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A concorrência, porém, é grande. Especulado como favorito, Divertida Mente, da Pixar, é o principal adversário na disputa que Abreu compara com o enfrentamento entre Davi e Golias. “Eles têm pelo menos três vezes o valor que gastamos somente para divulgar o filme agora”, aposta. A obra brasileira custou 500 000 dólares, enquanto a americana saiu por cerca de 200 milhões de dólares.
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Para o diretor, os filmes de grandes produtoras costumam vencer porque são muito mais comentados. Mas, ainda assim, ele está confiante. “O mais difícil era ser selecionado entre os doze e chegar aos cinco finalistas”, diz.
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O longa que conta a história de um menino em busca do pai é o único representante do cinema brasileiro no prêmio. Foi assistido por cerca de 50 000 espectadores no país. Lançada em 2014, a animação já foi premiada 45 vezes por festivais importantes, como o de Annecy, na França.