Masp ganha concessão do vão-livre por 20 anos para promover atividades culturais
Museu assume zeladoria, com promoção de exposições, eventos grande porte, programação, obras, instalações artísticas, oficinas, entre outras ações
A Prefeitura de São Paulo vai conceder gratuitamente o vão-livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), à administração do museu por 20 anos, para realização de atividades culturais.
No pedido para a gestão da área, o Masp se propõe a assumir a responsabilidade pelas ações de zeladoria, podendo utilizar o espaço para promover atividades e projetos culturais, como exposições, eventos gratuitos de grande porte, implantação de programação sistemática, comissionamento de obras, instalações artísticas, projeções, oficinas, entre outras ações.
O acordo será firmado após a Coordenação de Gestão de Patrimônio, da Secretaria Municipal de Gestão, elaborar a escritura de concessão administrativa.
Os próximos passos da concessão com todos os detalhes sobre as contrapartidas solicitadas pela administração municipal ainda serão publicados no Diário Oficial da Cidade.
O Masp, primeiro museu moderno do país, é uma instituição privada e sem fins lucrativos, fundada em 1947, pelo empresário brasileiro Assis Chateaubriand.
Entre os anos de 1947 e 1990, o crítico e marchand italiano Pietro Maria Bardi assumiu a direção do Masp a convite de Chateaubriand. As primeiras obras de arte do museu foram selecionadas por Bardi e adquiridas por doações da sociedade local, formando o mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul.
Hoje, a coleção reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias e vestuários de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas.
Inicialmente instalado na Rua 7 de Abril, no Centro da cidade, o museu foi transferido, em 1968, para a atual sede, na avenida Paulista, um projeto de Lina Bo Bardi, considerado um marco na história da arquitetura do século 1920.
Utilizando como base vidro e concreto, Lina Bo Bardi criou uma arquitetura de superfícies ásperas e sem acabamentos luxuosos, que contempla leveza, transparência e suspensão. A esplanada sob o edifício, conhecida como vão-livre, foi concebida para tornar-se uma praça para uso da população.