Como o novo prédio do Masp vai impactar o museu a partir deste ano
Expectativa da instituição é triplicar o número de visitantes e ganhar mais reconhecimento internacional
No segundo semestre, o Masp deve inaugurar o tão esperado “anexo” do museu, um prédio vizinho ao icônico cartão-postal da cidade. Trata-se do antigo edifício Dumont-Adams, construído nos anos 1950 para uso residencial e agora rebatizado de Pietro Maria Bardi.
Conectado por uma passagem subterrânea à sede principal, o imóvel foi adquirido em 2005 com 12 milhões de reais doados pela Vivo. A reforma, também financiada por aportes privados, começou em 2019.
Os catorze andares terão cinco galerias, duas salas multiúso, reserva técnica, laboratório de restauro, salas de aula, restaurante, loja e áreas de evento. O piso térreo será envidraçado — em um diálogo arquitetônico com o famoso vão livre — e os andares superiores, revestidos por painéis metálicos perfurados.
O prédio acrescenta 7 195 metros quadrados à instituição (totalizando 17 680) e amplia em 66% a capacidade expositiva. A expectativa é que o público, atualmente próximo a 600 000 visitantes por ano, alcance a faixa de 2 milhões de pessoas.
“O Masp assume uma estrutura semelhante a museus internacionais”, diz o diretor-presidente, Heitor Martins. “Haverá túnel e doca para chegada e saída de obras emprestadas, processo que hoje é feito no vão”, completa o diretor artístico Adriano Pedrosa.
No início, o prédio terá obras do acervo — composto por mais de 11 000 peças, das quais só 1% está exposta. A intenção é que, a partir de 2025, ele seja utilizado para mostras temporárias, e a sede original exiba a coleção do museu.
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Publicado em VEJA São Paulo de 5 de janeiro de 2024, edição nº 2874