Maria Catarina e outras heroínas da animação
Conheça a protagonista de <em>Reino Escondido </em>e relembre outras personagens femininas marcantes do mundo da animação
Estreou nesta sexta (17) a aguardada animação digital Reino Escondido, do Blue Sky Studios (de Rio e A Era do Gelo). Basta assistir aos trailers atentamente para notar a semelhança do longa com Valente, o sucesso mais recente da Pixar. Os dois contos de fadas apresentam meninas, nada comportadinhas, que enfrentam as ordens da família para fazer valer as suas vontades.
A protagonista da vez se chama Maria Catarina e, irritada com as esquisitices do pai, foge de casa e descobre a existência de pequenas criaturinhas que moram na floresta, onde ela acaba se perdendo. A diferença, tanto em Reino Escondido quanto em Valente, é que as mocinhas colocam a mão na massa – não ficam esperando o príncipe encantado para serem salvas.
Essa reformulação do conto de fadas tradicional, no qual o apelo feminino aparece cada vez mais forte, não está restrita somenta a essas protagonistas. Relembre outras heroínas do mundo animado que também venceram suas próprias batalhas.
Mulan: filha de um guerreiro chinês, Fa Mulan é uma jovem criada para se casar, ter filhos e fazer tudo conforme as tradições. Mas, devido a uma convocação injusta de seu enfraquecido pai para o Exército, ela resolve seguir outro caminho: disfarçada de homem, se junta às forças guerrerias de seu país. A heroína superou as dificuldades, físicas e pisicológicas, e traçou seu próprio destino. O conto, que é da Disney mas não traz princesa alguma, foi um sucesso no ano de 1997, com continuação em 2002.
Chihiro: O longa de animação japonês é traduzido por aqui como As Viagens de Chihiro e é do ano de 2001. Tem como protagonista um exemplo da criança moderna: Chihiro é filha única, acostumada ao conforto, mimos e falta de responsabilidades. É quando ela embarca para um universo paralelo, surreal e cruel, que precisa deixar de lado suas frescuras e lutar para sobreviver, salvar aqueles que mais ama e, então, voltar ao seu mundo. Aceita, cheia de coragem, o desafio.
Merida: essa é a primeira personagem feminina protagonista de um filme da Pixar, Valente (2012). As inconveniências boas não param por aí. Merida é uma princesa, mas do tipo novo: destemida, gosta de andar à cavalo, pratica arco-e-flecha e tem completa aversão aos comportamentos polidos e caseiros que as princesas dos contos de fada seguem. Quando seus pais começam a pressioná-la ao casamento, a aventura toma forma. No final das contas, é sendo exatamente quem ela é e seguindo exatamente o destino por ela escolhido, que as coisas se resolvem.
Eep: ela é a adolescente cabeluda do pré-histórico Os Croods, ainda em cartaz por aqui. Sua família vive em uma caverna e morre de medo do mundo exterior. Eep se sente deslocada e cada vez mais tentada a conhecer o lado de fora de sua casa. É a iniciativa da personagem que leva a família toda a viver uma grande aventura – e conhecer um mundo incrível.
Vanellope: ela fazia parte de um famoso jogo de videogame, até que um defeito em sua programação fez com que fosse banida. A animação Detona, Ralph! conquistou mais adultos do que pequenos por aqui e o carisma da baixinha Vanellope pode muito bem ter sido um dos motivos. Com ajuda de seu novo amigo brutamontes, o Ralph, a personagem não desistiu de seus objetivos em momento algum, conseguindo o que queria por fim.
Pocahontas: a diferença entre essa protagonista e as outras começa antes mesmo de seu heroísmo: dentre todas as princesas da Disney até então lançadas (o ano foi 1995), Pocahontas é a primeira indígena – uma nativa norte-americana. Embora o final ainda envolva um “felizes para sempre” entre ela e John Smith – o homem branco que chegou na sua aldeia -, até esse desfecho acontecer, Pocahontas se prova uma forta personagem. Defende seu povo, sua aldeia e se posiciona de uma maneira até então nunca vista entre as personagens femininas nas animações do gênero.