Marcelo D2: “A melhor parte de ser pai é ver eles serem melhores que eu”
O rapper carioca regravou a música 'Loadeando' com todos os seus filhos para a campanha de Dia dos Pais da Riachuelo; confira a entrevista

Quando Marcelo D2 lançou a música Loadeando, no influente disco A Procura da Batida Perfeita (2003), o rapper carioca tinha somente um filho, Stephan. Mais de vinte anos depois, a família cresceu — são cinco filhos, e todos estão reunidos na nova campanha de Dia dos Pais da Riachuelo, com uma nova versão do hit como trilha sonora.
“A melhor parte de ser pai é ver eles serem melhores que eu”, define D2, que tem Stephan (seu primogênito, que também é rapper, conhecido como Sain), Lourdes, Luca, Maria Joana e Maria Isabel, a caçula, de apenas 4 anos, fruto do relacionamento do artista com a produtora Luiza Machado. “Foi especial fazer essa campanha com todos juntos. Quase tive um troço quando eles falam que eu sou genial, só em um momento desse para todo mundo soltar essas frases, foi único”, conta o músico.
O pai se reuniu no estúdio com todos os rebentos para registrar uma versão atualizada de Loadeando, para a publicidade da marca. “Essa música nasceu de uma vontade de homenagear o meu pai, que tinha falecido. O Stephan tinha 10 anos, e vi ele cantando os raps de uma coletânea minha. Foi a primeira vez que o vi rimando. Fiquei bem impressionado e resolvi fazer essa homenagem”, lembra o vocalista do Planet Hemp, banda que anunciou sua turnê final neste ano.
Quem já assistiu a um show dos projetos mais recentes de D2, os discos Iboru (2023) e Manual Prático do Novo Samba Tradicional (Vol. 1, 2 e 3) (2024-2025), vê que a moda tem presença marcante no palco. “Para mim a maneira de se vestir sempre foi um uma maneira de se expressar. Todos os movimentos culturais que eu participei, do rock ao punk, do rap ao samba, têm uma uma vestimenta muito importante como posicionamento”, afirma.

Paternidade
Entre os desafios da paternidade nos dias de hoje, D2 fala sobre o mundo digital. “Temos uma preocupação muito grande, principalmente na Bebel, que tem 4 anos. É um desafio, manter a cabeça deles pensando por si, tentar tirar argumentos. Mas estamos conseguindo bem, trocamos a tela dela por podcast, que é uma coisa mais lúdica”, compartilha.
Como não poderia ser diferente, a arte pulsa na família inteira. “Todos os quatro mais velhos seguiram o caminho. O Stephan canta comigo desde pequeno, não teve como fugir. E se tornou um MC excepcional e um beatmaker incrível. A Lourdes tem uma pluralidade na arte, ela toca, canta, pinta. O Luca tem uma coisa de DJ, a Jojo (Maria Joana) faz cinema”, conta o pai, orgulhoso.