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Maior exibição de Adriana Varejão começa hoje na Pinacoteca

Mostra reúne 60 trabalhos da artista carioca e vai até 1° de agosto

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 abr 2023, 14h06 - Publicado em 26 mar 2022, 11h48
Imagem mostra mulher de camisa branca sentada com os braços sobre as pernas, em meio a pincéis e tintas.
A artista plástica: trabalhos inéditos em SP (Daryan Dornelles/Divulgação)
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A Pinacoteca São Paulo inaugura neste sábado (26) a exposição mais abrangente da obra de Adriana Varejão. A mostra reúne mais de 60 trabalhos da artistas cariocas, realizados entre os anos de 1985 e 2022, alguns inéditos e produzidos especialmente para a ocasião. A exposição Adriana Varejão: Suturas, Fissuras e Ruínas fica em cartaz até o dia 1° de agosto.

– Veja também: a entrevista de VejaSP com Jochen Volz, diretor da Pinacoteca do Estado

As obras vão ocupar sete salas da Pinacoteca, além de um espaço especial no Octógono, área central do museu, que vai exibir cinco trabalhos, sendo dois deles inéditos: Moedor e Ruína 22. Também estará em exibição a obra Ruína Brasilis, que foi doada pela artista para o acervo da Pinacoteca. A curadoria da mostra é de Jochen Volz, diretor-geral do espaço.

“O que para mim é latente nesta mostra é a maneira como Adriana Varejão trabalha com a pintura, pois, desde o início, ela segue uma direção que vai além da bidimensionalidade da tela, usa elementos que rompem a matéria; são frestas, cortes, vazamentos que descortinam uma situação e dão um novo significado, como por exemplo as ‘vísceras’ e ‘carnes’ que se derramam em muitos dos seus trabalhos”, diz texto do curador sobre a exposição.

A obra de Adriana Varejão mescla elementos barrocos com a arte contemporânea e questiona o passado colonial brasileiro. Em seu trabalho, a superfície da tela não é apenas um suporte: ela é cortada, rachada, talhada e fissurada, expondo suas entranhas e vísceras e adquirindo novos sentidos.

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Além desses trabalhos, estarão expostos também os seus famosos azulejos. Uma das salas de exposição estará dedicada a essas pinturas influenciadas pela azulejaria portuguesa, como a instalação Azulejões, composta por 27 telas.

Uma outra sala será dedicada às obras de Varejão que versam sobre as ficções históricas, em que ela busca dar novos significados a mapas, paisagens e interiores do passado colonial. Nesta sala será exibida a pintura Autorretratos coloniais, em que a artista discute assuntos relacionados à violência racial.

Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site da Pinacoteca. A Pinacoteca tem entrada gratuita aos sábados.

* Com Agência Brasil

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