Mês da Visibilidade: confira 10 livros protagonizados por mulheres lésbicas
Museu da Diversidade Sexual montou lista com obras clássicas e contemporâneas

No Mês da Visibilidade Lésbica, celebrado em agosto, o Museu da Diversidade Sexual indica dez obras que exploram as vivências sáficas e dão visibilidade à causa.
Criado em 1983, após uma manifestação de mulheres lésbicas no Ferro´s Bar, em São Paulo, o Mês tem como missão o combate à discriminação e a ampliação da conscientização sobre os estigmas ligados à primeira letra da sigla LGBTQIA+.
“O Mês da Visibilidade Lésbica é um marco fundamental para reafirmarmos a luta diária das mulheres lésbicas contra o preconceito, a invisibilidade e as múltiplas formas de opressão. Ao longo da história, essas mulheres têm sido protagonistas de movimentos sociais, culturais e políticos que já reivindicaram e conquistaram direitos importantes. Nesse contexto, a literatura lésbica ocupa um papel essencial, amplia a representatividade e contribui para que suas histórias ganhem maior evidência e sejam valorizadas”, comenta Beatriz Oliveira, Gerente de Conteúdo do Museu da Diversidade Sexual.
Confira dez livros protagonizados por mulheres lésbicas
Amora, de Natalia Borges Polesso

Em “Amora”, Natália apresenta 33 histórias sobre o amor entre mulheres, revelando um retrato delicado da sociedade, explorando diferentes realidades e formas de afeto, sempre com uma visão empática e sensível sobre as relações. A obra já foi traduzida para diversos países e foi indicada ao Prêmio Jabuti.
As Traças, de Cassandra Rios

Publicado em 1975, “As Traças” é um romance que narra o despertar afetivo e sexual de Andréa, uma jovem paulista que se apaixona por Berenice, sua professora de História, em uma época de repressão. Cassandra Rios dá visibilidade às experiências femininas de forma sensível, questionando estereótipos da época sobre a homossexualidade, que ainda era tratada como uma doença.
Tempo-abstrato, da Amanda Pickler

Nesta história de viagem no tempo e amor, acompanhamos Victória, que, ao acordar com uma forte dor de cabeça, percebe estar dez anos no futuro. Nesse novo cenário, marcado por uma onda conservadora na política brasileira, seu relacionamento com a família está abalado, e ela se encontra casada com sua melhor amiga, por quem não nutria sentimentos na vida presente. Agora, Victória precisa conhecer sua versão do futuro e descobrir o que realmente sente com essa nova vida.
Última parada, de Casey McQuiston

Da mesma autora de “Vermelho, Branco e Sangue Azul”, “Última Parada” conta a história de August Landry, uma jovem de 23 anos que se muda para Nova York em busca de uma vida mais estável. No entanto, sua rotina toma um rumo inesperado quando ela conhece Jane Su, uma garota dos anos 1970, que está perdida no tempo e presa na linha de metrô da cidade. August precisa lidar com seus sentimentos por Jane e encontrar uma maneira de ajudá-la a voltar ao seu tempo, enquanto enfrenta os próprios desafios pessoais e questiona suas crenças sobre o amor e a vida.
Tomates verdes fritos, da Fannie Flagg

O livro acompanha Evelyn Couch, uma mulher desanimada e presa à rotina, que encontra conforto e inspiração ao visitar um café em uma casa de repouso. Lá, ela conhece Ninny, uma idosa que lhe conta histórias do passado em uma pequena cidade do Alabama. Por meio das lembranças de Ninny, Evelyn descobre a amizade intensa e transformadora entre Idgie e Ruth, que enfrentaram preconceitos, desafios familiares e as convenções sociais da época. Assim, Evelyn se inspira a mudar sua própria vida, aprendendo sobre coragem, amor e a força das mulheres que desafiam expectativas.
Carmilla, de Sheridan Le Fanu

A vida de Laura, uma jovem que vive em um castelo isolado na Áustria, é abalada pela chegada de Carmilla, uma misteriosa e encantadora visitante. À medida que se aproximam, Laura começa a ter sentimentos intensos e confusos, enquanto estranhos acontecimentos começam a rondar sua casa. Quando descobre que Carmilla na verdade é uma vampira com segredos sombrios, Laura precisa enfrentar o medo e a atração que sente por sua enigmática convidada.
Lembre-se de nós, de Alyson Derrick

Este romance conta a história de Stevie e Nora, duas jovens que vivem um amor secreto em uma cidade pequena e conservadora. Juntas, elas planejam se mudar para viverem esse amor livremente. Porém, um acidente faz com que Stevie perca a memória dos últimos dois anos de sua vida, incluindo seu relacionamento com Nora. Agora, ela precisa reconstruir sua identidade e sentimentos, enquanto Nora enfrenta a dor de ser esquecida pela pessoa que mais ama.
Carol, de Patricia Highsmith

Um dos primeiros romances que aborda uma relação amorosa entre mulheres com um final feliz. Em “Carol”, acompanhamos Therese, uma jovem vendedora em uma loja de departamentos de Nova York nos anos 1950, que vê sua rotina mudar ao conhecer Carol Aird, uma mulher elegante e misteriosa passando por um divórcio conturbado. À medida que se aproximam, surge entre elas uma ligação intensa e inesperada, desafiando convenções sociais e os rígidos padrões da época.
É assim que se perde a guerra no tempo, de Amal El-Mohtar & Max Gladstone

As agentes rivais Red e Blue viajam pelo tempo alterando eventos históricos para garantir o futuro de seus respectivos impérios. O que começa como uma troca de mensagens provocativas se transforma em uma profunda conexão emocional. À medida que suas correspondências evoluem, elas enfrentam dilemas sobre lealdade, identidade e o custo da guerra. Em um cenário onde o tempo é uma arma e o amor é uma ameaça, Red e Blue devem decidir até onde estão dispostas a ir por aquilo que sentem uma pela outra.
A Noite Passada no Telegraph Club, de Malinda Lo

Lily Hu, uma jovem sino-americana de 17 anos que vive em São Francisco na década de 1950, começa a explorar sua identidade e sexualidade se aproximando de sua amiga Kathleen, e descobre o Telegraph Club, um bar lésbico que se torna um refúgio para expressar seus sentimentos. Enquanto navega pelo amor nascente e pela amizade, Lily precisa enfrentar os riscos de viver em uma sociedade conservadora sendo uma pessoa LGBTQIA+, aprendendo sobre coragem, identidade e resistência em tempos de repressão.