Internado, Maguila chora muito e sua mulher diz que situação é grave
Ex-boxeador está há três meses no hospital lutando contra a doença de Alzheimer, um processo de demência e um tumor no pulmão
Em entrevista concedida hoje ao programa Domingo Legal, do SBT, a advogada Irani Pinheiro, casada com Maguila há 26 anos, afirmou que a situação do ex-boxeador é muito grave. Internado desde abril, ele perdeu 20 quilos, se alimenta por meio de uma sonda e anda bem emotivo. “Ele está chorando muito”, afirmou Irani. Maior peso-pesado da história do boxe nacional, José Adilson Rodrigues, de 56 anos, enfrenta a doença de Alzheimer e um processo de demência. Mais recentemente, os médicos descobriram um nódulo de 2,6 centímetros de laurgura por 2,1 centímetros de altura em seu pulmão direito. Devido ao frágil estado de saúde do paciente, que está no Hospital Geriátrico Dom Pedro II, no Jaçanã, os médicos ainda não conseguiram realizar exames para saber se o tumor é maligno.
+ O combate dramático de Maguila contra o Alzheimer, a demência e um câncer no pulmão
Nascido em Aracaju, Sergipe, aos 12 anos ele veio para São Paulo. Trabalhou como servente de pedreiro antes de tentar a sorte no ringue. Sua carreira decolou nos anos 80, quando passou a ser empresariado pela Luqui, que tinha Luciano do Valle como um dos sócios.O esforço para alavancar seu nome o colocou diante de uma série de adversários de quinta categoria, incluindo amadores como um metalúrgico, um cantor de cassino e um operário da construção civil. Muitos desses combates pareciam farsas armadas, mas Maguila foi avançando no esporte e aproveitou a onda.
A fama conquistada nas lutas transformou-o em uma figura pop. Virou garoto propaganda de empresas que exploravam nos comerciais seu jeitão simplório e carismático (“Esta porta é mutcho resistente!”, dizia ele numa das peças de maior sucesso na época, anunciando as qualidades do produto da Eucatex). Ele também estrelou programas televisivos (figurou até de “comentarista econômico” no Aqui Agora, do SBT), lançou CD de samba e tentou se eleger deputado federal em 2010, recebendo menos de 3 000 votos, número insuficiente para emplacar na Câmara.