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Instituto Moreira Salles expõe 260 fotografias do carioca Walter Firmo

Seleção ocupa dois andares do edifício localizado na Avenida Paulista e apresenta fotografias feitas na década de 50, quando Firmo iniciou a carreira

Por Agência Brasil
Atualizado em 22 Maio 2024, 16h24 - Publicado em 29 Maio 2022, 11h56
Mostra de imagens de Walter Firmo podem ser vistas até 11 de setembro em São Paulo
Mostra de imagens de Walter Firmo podem ser vistas até 11 de setembro em São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil/Reprodução)
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Os retratos icônicos dos compositores Pixinguinha e Cartola e da cantora Clementina de Jesus, além de belas imagens que exaltam a cultura e a população negra brasileira, todos produzidas pelo fotógrafo Walter Firmo, estão em exibição no Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo. A mostra tem entrada gratuita.

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A exposição Walter Firmo: No Verbo do Silêncio a Síntese do Grito fica em cartaz até 11 de setembro e reúne mais de 260 obras do artista carioca. O coordenador de Fotografia do IMS, Sergio Burgi, é o curador da mostra. e a professora Janaina Damaceno Gomes, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a curadora adjunta. Janaina é coordenadora do Grupo de Pesquisas Afrovisualidades: Estéticas e Políticas da Imagem Negra.

A seleção ocupa dois andares do edifício localizado na Avenida Paulista e apresenta fotografias feitas na década de 50, quando Firmo iniciou a carreira, até as tiradas no ano passado. Parte das obras provém do acervo do fotógrafo, que se encontra sob a guarda do IMS desde 2018, em regime de comodato.

Walter Firmo, que fotografou para revistas como Realidade e Manchete e para a indústria fonográfica, é conhecido pela experimentação e pela criação de imagens encenadas e dirigidas, de cores fortes e intensas, que dialogam com a pintura e o cinema.

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“A fotografia, para mim, reside naqueles instantes mágicos em que eu posso interpretar livremente o imponderável, o mágico, o encantamento, nos quais o deslumbre possa se fazer através de luzes, backgrounds [planos de fundo], infindáveis sutilezas, administrando o teatro e o cinema nesse jogo de sedução, verdadeira tradução simultânea construída num piscar de olhos em que o intelecto e o coração se juntam, materializando atmosferas”, disse Firmo.

Na exposição, estão também as fotografias e o texto escrito para a matéria 100 Dias na Amazônia de Ninguém, publicada no Jornal do Brasil em 1964, trabalho pelo qual Walter Firmo ganhou o Prêmio Esso de Reportagem.

Entre os destaques da exposição estão ainda um ensaio feito por Firmo com o artista Arthur Bispo do Rosário, realizado em 1985 para a revista IstoÉ, e uma série de fotos de Pixinguinha.

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O público que visitar a mostra ainda poderá assistir ao curta-metragem Pequena África (2002), do cineasta Zózimo Bulbul, no qual Firmo trabalhou como diretor de fotografia.

Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site do IMS.

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