Headliner com o menor público na plateia, Tool faz um dos melhores shows do Lollapalooza 2025
Apresentação da atração mais inusitada do festival também teve um fenômeno raro: poucos celulares na multidão

O show da banda Tool tem um conceito quase anti-festival. Sem um frontman — o vocalista Maynard James Keenan canta do fundo do palco —, e telões que mostram tudo menos os rostos dos músicos e o palco, a estreia do grupo no Brasil foi com certeza o anúncio mais inusitado do Lollapalooza Brasil 2025.
Então era de se esperar que, apesar do line-up deste domingo (30) reunir outros nomes roqueiros, as bandas Bush e Sepultura, a apresentação do Tool seria mais esvaziada. O outro headliner do dia, que toca em seguida, é o pop Justin Timberlake (um público que não poderia ser mais diferente — daquelas uniões só possíveis em festivais como o Lolla, e que dão o toque único do evento).
O mais esperado para a primeira vinda do Tool à América Latina seria uma turnê solo, um mercado, inclusive, que está quentíssimo (vide as agendas cheias de estádios como Allianz Parque e MorumBis nos últimos anos).
Colocando todas essas ressalvas de lado, a apresentação do Tool foi o esperado: um showzaço, dos melhores do festival.
A multidão no gramado foi a menor de todos os headliners do evento. Mas, quem ficou, curtiu com atenção: também foi o show com menos celulares gravando.
Quando o guitarrista Adam Jones começava a tocar o riff de uma música, ao invés de ver um mar de mãos se levantando com suas telas acesas, o que mais se via eram os braços fazendo o icônico sinal do rock.
Inclusive, foi possível ver pessoas da equipe do show jogando lanternas para advertir as pessoas que gravavam com as lanternas dos celulares ligadas.
O repertório foi similar ao das apresentações no Chile e na Argentina, incluindo a sequência ‘Parabol’ e ‘Parabola’. Confira neste link a entrevista exclusiva que o guitarrista da banda concedeu à Vejinha.