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Resultado do primeiro fundo de artes do Brasil é exibido no MuBE

Exposição apresenta setenta das 600 obras que arrecadaram, juntas, R$ 40 milhões

Por Livia Deodato
Atualizado em 5 dez 2016, 16h28 - Publicado em 20 dez 2012, 12h30
Heitor Reis, sócio-fundador da BGA Investimentos
Heitor Reis, sócio-fundador da BGA Investimentos (Divulgação/)
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Existem muitas formas de investimento, mas uma única soa como novidade – e bem lucrativa – no Brasil. É o primeiro fundo de investimento em artes, que exibe parte de sua coleção até o dia 27 de dezembro no MuBE. Setenta das 600 obras de artistas que integram o fundo, como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Waltercio Caldas e Miguel Rio Branco, estão sendo mostradas pela primeira vez ao público na mostra Coleção BGA – Brazil Golden Art, mesmo nome do fundo gerido pelo banco Brasil Plural.

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A curadoria foi feita por Heitor Reis, sócio-fundador da BGA Investimentos. Segundo ele, a exposição apresenta um pequeno panorama do que atualmente está sendo produzido no mercado brasileiro de arte contemporânea. “A ideia é que o fundo seja composto por cerca de 30%, 40% de artistas consagrados e outros emergentes”.

A captação foi aberta em novembro de 2010. Em março de 2011 teve início o processo de compra das obras que fariam parte desse fundo e, consequentemente, o anúncio aos possíveis investidores. Em quinze dias, setenta interessados fizeram suas apostas com um aporte mínimo de R$ 100 mil. O valor total arrecadado é de R$ 40 milhões, o que significa 52% do investimento inicial. “A previsão é de que, num prazo de cinco anos [sendo três para investimento e dois para desinvestimento], o fundo seja valorizado em até 300%”, diz Heitor.

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Há uma demanda muito grande, o que se traduz por uma fila de espera. O primeiro fundo de investimento em artes do país esgotou suas cotas em setenta investidores, mas permite o repasse se assim desejarem. Movimento que Heitor Reis considera muito pouco provável. “A maior parte dos cotistas está muito satisfeita com o investimento”, afirma. A coleção ainda vai circular pelo mundo – uma estratégia para que as obras pertencentes ao fundo possam ser ainda mais valorizadas.

A médio prazo, a gerência pretende expandir o negócio com a criação de um segundo fundo. “Essa foi apenas a base conceitual da implementação de um produto financeiro novo, inusitado, que visualizou a potência da arte contemporânea brasileira”, avalia Heitor.

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