Festival SP na Rua ocupa vias pela segunda vez
Cerca de vinte coletivos urbanos e artísticos promovem festas com música e performances
Depois de lotar vias do centro no início de fevereiro deste ano, o festival SP Na Rua está de volta neste fim de semana. O evento, que marca a abertura do Mês da Cultura Independente, reúne no Centro da cidade mais de vinte coletivos urbanos para uma madrugada de música, intervenções artísticas e performances. Ao todo, são quinze pontos ocupados, entre eles, o Vale do Anhangabaú e o calçadão em frente ao Centro Cultural do Banco do Brasil.
A festa começa a partir das 22 horas do sábado (6) e a previsão é que se encerre às 5 horas do domingo (7). Entre os participantes estão os coletivos Voodoohop, Calefação Tropicaos, Metanol e os centros artísticos Matilha Cultural e Estúdio Lâmina. Confira onde eles estarão:
O bar na Barra Funda traz festas de jazz, dub, swag e outras vertentes da black music, sempre com sets saindo dos vinis dos DJs. Fora do espaço, os donos e os frequentadores do lugar promovem o Cordão Carnavalesco Amigos Pratododia, que saiu pelo bairro pela primeira vez neste ano.
Local: Rua Direita, 1.
A festa itinerante é uma das crias da Voodoohop. Carregada de referências latinas e brasileiras esquecidas (ou desconhecidas) pelo público, os organizadores montam uma espécie de feira com comida e arte. Na trilha domina o forró, o maxixe e o que eles chamam de MPB – Música Piscodélica Brasileira.
Local: Rua 3 de Dezembro, 50.
Canil
Organizada dentro da Universidade de São Paulo, eles ocupam as ruas do Centro com músicas de Banda do Canil, Afro Hooligans, Mel Azul, Granado Hara Martins Trio, Música Selvagem e Spirolizer.
Local: Vale Anhangabaú
Os dois coletivos também sugiram dentro da Voodoohop. O primeiro é comandado pelo DJ e produtor Paulo Tessuto, que monta sets de house e muito experimentalismo. Já o Mamba Negra tem trilha sonora com batidas mais tropicais e trance.
Local: Vale do Anhangabaú
Dubversão Sistema de Som
Comandando pelo DJ Yellow P., o grupo lança sets de raggae e dub. O Dubversão já existe há mais de dez anos e mantém o formato original do sound system jamaicano, estilo de baile em espaços abertos com DJ, MC e produtor no pickup, que lançam sets de reage e ska.
Local: Praça do Ouvidor Pacheco e Silva
Estúdio Lâmina
O Estúdio Lâmina monta uma tenda no Vale do Anhangabaú para receber shows de bandas independentes a partir das 20 horas do sábado. Entre as apresentações estão os sets do DJ Denis e do duo Cuban Feelings, formado por Táthy Yázigi e Yarlo Ruiz. Rock e groove também estão programados. As bandas Picanha de Chernobill (rock), Potchongas (rock), Sexy Groovey e Bombay Groovey estão no line-up.
Local: Av. São João, 190
A festa gratuita organizada pelos DJs Mauro Farina e Caio Fazolin já passou por espaços como a Casa das Caldeiras, o Paribar e o Skol Beats Factory. No som, eletrônico e vertentes do hip hop, como trap e swag.
Local: Rua José Bonifácio, 160
A Laço surgiu com o DJ Márcio Vermelho e o designer Bruno Nogueira. Além do som, suas festas contam com espaço para o público divulgar suas produções artísticas, como música, artes visuais, teatro e performances. Já Vaca na Galáxia é responsabilidade do coletivo Yopará, que continua com a mesma proposta: misturar todas as artes em um mesmo evento.
Local: Praça do Patriarca
Liquidação
Com o tema Show de Calorumano, o coletivo monta um palco com o microfone aberto para quem quiser se aventurar e arriscar soltar a voz para o público. Projeções e performances também estão na programação com DJs e VJs interagindo com o público.
Local: Rua XV de Novembro, 210
Profissionais de diversas áreas se uniram para montar o espaço que abriga exposições de arte, palestras e cursos ligados à cultura urbana. Até as 5 horas, Wojtila, Funk Buia, Lei di Dai, Lickstock, Sombra e Zulu Solja fazem a festa na rua.
Local: Rua General Carneiro, 24.
Coletivo formado por Akin, MPJ, Seixlack, Soul One, U-RSO e Vekr tem como objetivo divulgar a novas sonoridades do cenário eletrônico. Eventualmente, o grupo promove sua festa em espaços públicos, gratuitamente.
Local: em frente ao CCBB, na Rua da Quitanda com a Rua Álvares Penteado, 70.
Organismo Piknik
O grupo organiza piqueniques na cidade misturando o evento à música e a performances. Na festa, há instalações artísticas e DJs Shirley, Keroáska, Orquestra Kimuso entre outros estão escalados para o som.
Local: Praça do Patriarca
A festa semanal homenageia a música brasileira. Inspirada na música Não Vem que Não tem, de Wilson Simonal, ela é produzida por Rodrigo Bento e tem na trilha as canções mais dançantes de Daniela Mercury, Alceu Valença até Jorge Ben.
Local: Praça Antônio Prado, 33
Sistema Negro e convidados
Um grupo de amigos negros leva às ruas música e discussões sobre o racismo. Durante a madrugada, apresentam-se Eugênio Lima, Bruno Gola, Jorge Kuriki, Viny Rodrigues, Ricardo China, Luana Hansen e KL Jay dos Racionais.
Local: Rua São Bento, 540
Tendadoqueer e RG Faleiros
No local, a temática é LGBT. Haverá distribuição de zines, performances, roda de esmaltes e mostra de documentários sobre o assunto.
Local: Praça do Patriarca
Os DJs Danny e Don montam a festa que mistura músicas ciganas dos Balcãs, com psicodelia turca, carimbo, kuduro até ritmos indianos e japoneses. Eles exaltam a extravagância com vestimentas cheias de tecidos e pinturas.
Local: Vale do Anhangabaú
O maior e o primeiro coletivo cultural a ocupar as vias do Centro. Com festas gratuitas, normalmente realizadas no Minhocão aos domingos, o movimento monta um cabaret com performances, projeções, live painting e, claro, música eletrônica experimental.
Local: Rua do Comércio, 77.