As atrações da Feira Mística no Clube Homs
De tarô a borra de café, conheça a feira que está fazendo sucesso na Avenida Paulista
Neste fim de semana, o Club Homs, na Avenida Paulista (centro), recebe a Feira Mística, evento que reúne expositores, oráculos, palestras e espetáculos de dança que misturam religiões e rituais espirituais das mais variadas origens.
O evento é um sucesso: na manhã deste sábado (10), a reportagem de VEJA SÃO PAULO visitou o local que, por volta das 11h, já estava bombando. “Esta é a quarta edição da Mística somente em 2015. E sempre que fazemos é garantia de casa cheia. Até amanhã devem passar por aqui mais de 20 000 pessoas”, diz Márcio Alvarez, organizador. “Comecei a fazer a feira há oito anos, depois de passar por um momento difícil e mergulhar no mundo dos rituais. Em pouco tempo percebi que existia um mercado religioso que pedia um evento maior como esse, com bastante diversidade”, diz Alvarez, hoje dono de uma produtora que organiza festas gastronômicas e feirinhas como o Mercado Mundo Mix.
Nesta edição da Feira Mística (que ocorre entre hoje (10) e domingo, das 10h às 21h) há 108 expositores vendendo de tudo: roupas ciganas, acessórios étnicos, velas, mandalas, incensos e muito material para rituais caseiros. Entre os objetos mais inusitados estavam um tabuleiro Ogham, que é uma placa com alfabeto celta que faz previsões por meio de um pêndulo, e as orgonites, espécies de catalizadores de energia que transformam ondas negativas em positivas.
Já para quem quer dar uma purificada na alma, o estande da Cyda Godoy, além de vender essências fitoflorais, oferece um rápido ritual xamânico (gratuito!) trazido da cultura indígena para afastar espíritos negativos.
O espaço batizado de “Bem Estar”, entretanto, é o maior hit do evento. Por lá, 27 oráculos oferecem consultas utilizando os mais diversos tipos de técnicas, como tarô e baralho, a um preço fixo de R$ 50,00. A reportagem conheceu três dos mais inusitados métodos de vidência que fazem sucesso na Feira Mística. Confira.
Tarô Egípcio
Vestida como um faraó, Mônica Paz é a mulher que joga as cartas na mesa. Ela, que trabalha há 13 anos no ramo, utiliza também de técnicas da numerologia para incorporá-las às cartas e fazer previsões. O que difere a técnica de um tarô convencional é sua origem, que veio da cultura egípcia. “Todo os oráculos falam a mesma língua, por isso utilizo também a numerologia em minhas consultas”, diz.
Leitura da borra do café
Um dos adeptos do ritual é Maicon Oliveira, que há sete anos lê borras de café. De acordo com ele, o método não se aprende em cursos, já que é uma tradição familiar passada por gerações de famílias. Começou com os chineses e se difundiu entre os árabes há muitos séculos. “Coloco o café turco na xícara com água, a pessoa bebe e depois viramos o recipiente com o resto do pó que fica no fundo, já que não é coado. A partir disso, vou decifrando os desenhos que se formaram na borra”, explica Oliveira.
Baralho cigano com castanholas
Tania Mara, neta de ciganas, oferece uma consulta com baralho cigano que também conta com castanholas. “As cartas são o meio de vidência. É a partir delas que as coisas vão acontecendo e fazendo ligação”, explica. Quem a auxilia nas previsões é uma cigana espiritual, que a incentiva a usar as castanholas para purificar. O objetivo, segundo ela, é o alinhamento dos chakras e a mudança de frequência da pessoa, que costuma se sentir muito bem após ouvir os barulhos do instrumento.