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Itaú Cultural homenageia Dona Onete em sua primeira ocupação do Norte

"Aqui aconteceu tanta coisa que aí pro sul não sabiam", disse a Rainha do Carimbó Chamegado em entrevista à Vejinha; mostra abre nesta quarta-feira (15)

Por Tomás Novaes
Atualizado em 28 Maio 2024, 09h03 - Publicado em 10 mar 2023, 06h00
Imagem mostra mulher sentada, vestindo roupa preta e rosa, iluminada por luzes roxas
Ionete da Silveira Gama, ou Dona Onete: artista nortista. (André Seitti/Itaú Cultural/Divulgação)
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“Estou me sentindo muito lisonjeada e feliz. Principalmente pela idade em que estou”, disse Dona Onete, 83, em entrevista à Vejinha.

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A cantora e professora paraense, nascida na Ilha de Marajó, é a homenageada da Ocupação Dona Onete, a primeira ocupação do Norte no Itaú Cultural, que abre nesta quarta-feira (15).

“Agora, graças a Deus, abriu o leque. Parece que todo mundo está se virando para os nossos ritmos, a nossa história. Aqui aconteceu tanta coisa que aí pro sul não sabiam”, diz.

Imagem mostra mulher sentada em cama, dentro de quarto
Dona Onete, em Igarapé-Miri: antes de artista, professora. (Arquivo pessoal/Divulgação)

Para desvendar essa cultura nortista, representada pela figura de Ionete da Silveira Gama — seu nome completo —, a exposição é dividida em quatro eixos: Território, Encantarias e Religiosidade, Túnel e Palco.

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Chamada de Rainha do Carimbó Chamegado, a artista criou sua própria vertente da dança típica amazônica, com um ritmo mais lento e sensual — uma pitada do tal “chamego”. Mas a carreira de sucesso na música veio só após seus 60 anos, e o primeiro disco-solo, Feitiço Caboclo (2013), aos 73.

Dos 16 aos 62 anos, Ionete trabalhou em Igarapé-Miri, pequena cidade no nordeste do Pará. Como professora de história e estudos paraenses, se engajou na luta sindical e na gestão cultural, o que a levou a assumir a Secretaria de Cultura do município.

Colhendo os frutos do respeito e da admiração que construiu nesses anos todos, se lançou na cantoria após a aposentadoria. “Fui para Belém para descansar, viver minha vida. Aí foi uma coisa muito rápida, quando vi, já estava cantando em um coletivo, fazendo shows. Depois do meu primeiro CD, comecei a viajar e a representar o Brasil”, conta a compositora.

Para completar a programação, Dona Onete se apresentará na sede do Itaú Cultural nos dias 16 e 17. No sábado (18) e domingo (19), será a vez da cantora Aíla, representando a nova geração da música paraense.

Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149, ☎ 2168-1777. Livre. Qui. (16) e sex. (17), 20h. Sáb. (18), 20h, e dom. (18), 19h. Grátis. itaucultural.org.br.

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Publicado em VEJA São Paulo de 15 de março de 2023, edição nº 2832

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