Diretor espanhol Bigas Luna morre aos 67 anos
O último filme do cineasta de <em>Jamón, Jamón</em> e <em>Ovos de Ouro</em> foi lançado em 2010 na Europa e está inédito no Brasil

Polêmico, atrevido, irreverente. Esses foram alguns dos adjetivos que acompanharam o diretor de cinema espanhol Bigas Luna, que morreu aos 67 anos, nesta sexta (5).
No Brasil, Luna ficou conhecido principalmente por filmes lançados nos anos 90, como a trilogia formada por Jamón, Jamón (1992), Ovos de Ouro (1993) e A Teta e a Lua (1994). Atores que se tornariam muito conhecidos, como Penéolope Cruz e Javier Bardem, foram conduzidos pelo cineasta.
O diretor morreu na tarde de sexta (5), em sua casa na cidade catalã de La Riera de Gaia. Estava acompanhado da mulher e das filhas. De acordo com a agência Efe, será cumprido o desejo de Luna: não haverá nenhum funeral ou ato público em sua homenagem.
Apesar do sofrimento provocado por um câncer, o cineasta estava prestes a iniciar as filmagens de Mecanoscrito del Segundo Origen, adaptação de romance do escritor Manuel de Padrolo. Seu último filme foi Di Di Hollywood (2010), ainda inédito no Brasil.
Com uma filmografia de 20 trabalhos, Luna se tornou conhecido em 1978 com o drama Bilbao, selecionado no Festival de Cannes. Depois de uma década de ausência, voltou às telas com o erótico As Idades de Lulu, em 1990.
Com o elogiado Jamón, Jamón (1992), ele conquistou o Leão de Prata de melhor diretor no Festival de Veneza. Naquele festival, voltou a ser premiado em 1994, pelo roteiro de A Teta e a Lua. Com Javier Bardem no papel principal, Ovos de Ouro (1993) ganhou prêmio de melhor longa latino no Festival de Gramado.