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Dia da Consciência Negra: cinco personalidades que marcaram São Paulo

Conheça figuras históricas negras importantes para a capital paulista, como o sambista Geraldo Filme, a escritora Carolina Maria de Jesus e o advogado Luiz Gama

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 nov 2025, 17h50
A imagem mostra o Busto de Luiz Gama entre árvores de um parque.
Busto de Luiz Gama, no centro: reconhecimento póstumo (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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Dia da Consciência Negra é celebrado nesta quinta-feira (20) em todo o Brasil — desde o ano passado a data é feriado nacional —, e a Vejinha preparou uma lista de grandes personalidades negras que marcaram a cidade de São Paulo.

São figuras que, mesmo não sendo paulistas ou paulistanas, viveram por muitos anos aqui e construíram suas trajetórias na capital paulista. Confira a lista a seguir.

Personalidades negras importantes para São Paulo

Maria Carolina de Jesus (1914-1977)A escritora mineira, nascida em Sacramento, se mudou para São Paulo aos 23 anos. Trabalhando como catadora de papel e vivendo na Favela do Canindé, às margens do Rio Tietê, na Zona Norte, a autora registrou o cotidiano na comunidade no seu primeiro e mais famoso livro, Quarto de Despejo (1960), com suporte do jornalista Audálio Dantas (1929-2018). Ela ainda publicou outros três livros em vida, Casa de Alvenaria (1961), Pedaços de Fome (1963) e Provérbios (1963), já após deixar a comunidade do Canindé, vivendo em Santana e depois em Parelheiros.

Carolina Maria de Jesus sentada na porta de uma casa, com seu livro
A escritora Carolina Maria de Jesus: autora de ‘Quarto de Despejo’ (Carlos Namba/Divulgação)

Luiz Gama (1830-1882) > O advogado, poeta, jornalista e abolicionista nasceu em Salvador, mas viveu a maior parte da vida em São Paulo. Foi vendido como escravizado pelo próprio pai aos dez anos e conseguiu provar sua liberdade aos dezoito. Na capital paulista, tentou cursar Direito no Largo São Francisco, mas não conseguiu por ser negro seguiu como ouvinte, e, embora sem o diploma, podia exercer a profissão. Colaborou em diversos jornais e foi um importante líder abolicionista, conseguindo libertar mais de quinhentas pessoas escravizadas com seu trabalho. Em 1931, ganhou uma estátua no largo do Arouche, sendo o primeiro monumento público da cidade a prestar homenagem a um líder negro.

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A imagem mostra o Busto de Luiz Gama entre árvores de um parque.Busto de Luiz Gama, no centro: reconhecimento póstumo

Geraldo Filme (1927-1995) > Nascido em São João da Boa Vista, no interior do estado, é um dos principais nomes do samba paulista. É autor de músicas como Silêncio no Bexiga, Eu Vou Mostrar, São Paulo, Menino Grande e, claro, Tradição, seu maior sucesso, com os clássicos versos: “Quem nunca viu o samba amanhecer/Vai no Bexiga pra ver”. O artista também teve a sua contribuição no Carnaval paulistano, especialmente pela sua ligação com o Vai-Vai. Foi campeão pela escola com o samba-enredo Solano, vento forte africano, em 1976, e também foi diretor da Escola de Samba Colorado do Brás.

Geraldo Filme (1927-1995) ganha podcast: episódios mergulham na trajetória e no legado do sambista paulista
Geraldo Filme (1927-1995): grande nome do samba paulista (Divulgação/Divulgação)
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Tebas (1733-1811) > Joaquim Pinto de Oliveira nasceu em Santos e se tornou um grande arquiteto, especialista na cantaria, isto é, a arte de talhar pedras em formas geométricas. Enquanto escravizado, ornamentou a fachada de lugares como a antiga igreja do Mosteiro de São Bento, construiu a primeira torre da antiga Catedral da Sé (demolida em 1911) e ergueu o primeiro chafariz público da cidade, o Chafariz da Misericórdia, demolido em 1866. Conseguiu sua alforria aos 58 anos e viveu até os 90, ainda trabalhando no ramo.

Homenagem da Prefeitura de São Paulo: o Edifício Misericórdia, no centro, foi rebatizado de Edifício Tebas
Homenagem da Prefeitura de São Paulo: o Edifício Misericórdia, no centro, foi rebatizado de Edifício Tebas (Paulo Pinto/ Agência Brasil/Reprodução)

Milton Santos (1926-2001) Nascido em Brotas de Macaúbas, na Bahia, o geógrafo foi professor no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) a partir de 1984. Em 1997, ano de sua aposentadoria, recebeu da USP o título de professor emérito. É um dos maiores nomes da área no Brasil, com sua teoria inovadora a respeito do espaço geográfico. Ao longo de sua carreira acadêmica nacional e internacional, santos recebeu vinte títulos de Doutor Honoris Causa, como da Universidade Federal de Pernambuco, em 1999.

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milton santos sentado em uma mesa de sala de aula de perfil para a foto, com uma lousa ao fundo
Milton Santos: grande geógrafo brasileiro (Claudio Rossi/Divulgação)
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