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Das lições de canto para o tablado: Alessandra Maestrini e Mirna Rubim retomam apresentação de O Som e A Sílaba

Na peça de Miguel Falabella, que reestreia nesta sexta (6) no Teatro Santander, a dupla volta a ser aluna e professora

Por Tatiane de Assis Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 19h49 - Publicado em 6 ago 2021, 06h00
alessandra maestrini e mirna rubim uma ao lado da outra contracenando. elas estão inclinadas para frente, uma ao lado da outra, na frente de um espelho cenográfico
Alessandra Maestrini (à esq.) e Mirna Rubim: o retorno do teatro paulistano. (Pedro Jardim de Mattos/Divulgação)
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À medida que a vacinação contra Covid-19 avança em São Paulo, os palcos de teatro voltam a ser ocupados. Nesta sexta (6), reestreia no Teatro Santander a comédia musical O Som e A Sílaba, escrita e dirigida por Miguel Falabella. Ele criou duas personagens especialmente para as atrizes e musicistas Alessandra Maestrini e Mirna Rubim. “Interpreto a Sarah Leighton, que tem síndrome de Asperger, transtorno dentro do espectro do autismo. Ela toma aulas de canto com Leonor, personagem da Mirna, uma mulher incrível, corroída por mágoas. A convivência entre as duas vai quebrando as defesas que cada uma delas carrega”, descreve Alessandra, que conhece sua parceira de peça há mais de vinte anos. “A Mirna me deu aulas de canto também. A encontrei seguindo os passos da Marília Pêra. Ela e a Leonor são as melhores professoras que conheço”, se derrete a atriz, que fez parte do elenco do sitcom Toma Lá Dá Cá, escrito também por Falabella, só que com Maria Carmem Barbosa.

alessandra maestrino contracenando dando risada em que curva o corpo. ela está com um vestido exuberante rendado rosa
Alessandra como Sarah: o humor é utilizado na peça O Som e A Sílaba, de Miguel Falabella, para informar sobre o autismo (Julia Lanari/Divulgação)
alessandra maestrini e mirna rubim uma ao lado da outra contracenando. elas estão de pé, olhando para cima. alessandra está com um vestido exuberante rendado rosa e mirna usa espécie de roupão vermelho
As atrizes Alessandra Maestrini (à esq) e Mirna Rubim já na pele de Sarah e Leonor: música acompanha descobertas das personagens (Julia Lanari/Divulgação)

Além de alimentar a admiração entre as duas, as lições de música também foram o pontapé para a criação do espetáculo. “O Miguel chegou mais cedo para um encontro que teríamos. Então, pedi para ele entrar, já que quem estava lá era a Alessandra. Ele nunca tinha visto ela cantar ópera e ficou admirado”, rememora Mirna a felicidade daquele acaso. “Ele me disse brincando: ‘Vai cantar na Europa, vai ganhar dinheiro, em vez de ficar aqui, fazendo besteira na TV’”, conta às gargalhadas Alessandra, que disse ao amigo estar satisfeita. Falabella falou, então, que escreveria um texto pensando no que tinha visto. Promessa feita, Mirna recrutada, a peça estreou em 2017 e ganhou a crítica. Até agora, já recebeu seis prêmios, incluindo o Bibi Ferreira. Depois de uma curta temporada em 2019 na cidade, sua volta vai alimentar, com humor, plateias que, há um ano e meio, ansiavam pela abertura das cortinas.

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Publicado em VEJA São Paulo de 11 de agosto de 2021, edição nº 2750

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