Curador da Bienal, Jochen Volz assume diretoria da Pinacoteca
O alemão entrará no lugar de Tadeu Chiarelli, há dois anos à frente da instituição
O alemão Jochen Volz, curador da 32ª Bienal, será o próximo diretor da Pinacoteca, a partir de maio de 2017. Ele entra no lugar de Tadeu Chiarelli, que assumiu o posto em 2015 já prevendo, em dois anos, a retomada de sua agenda como professor da USP em tempo integral.
O envolvimento de Volz no cenário das artes brasileiro data de doze anos atrás, quando radicou-se no país. Desde 2004, Volz é curador do Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, e já participou como curador convidado da 27ª Bienal, em 2006. Casado com a artista mineira Rivane Neuenschwander, viveu em Belo Horizonte até o início deste ano, quando se mudou para São Paulo para assumir a curadoria da Bienal – um das mostras mais imporantes do mundo, em cartaz até 11 de dezembro, no Ibirapuera.
Com formação em história da arte, Volz também já trabalhou em espaços relevantes em outros países do mundo, como a Serpentine Gallery, em Londres. Ele foi co-curador da 53ª Bienal de Veneza, em 2009, e retorna à mesma instituição no ano que vem, para assinar a curadoria da participação brasileira na próxima edição do evento.
Tadeu Chiarelli esteve à frente da Pinacoteca num momento de grande renovação. Um dos marcos dessa fase foi a abertura, em outubro, da mostra Arte Moderna — Galeria José e Paulina Nemirovsky que, somada aos comodatos das Coleções Nemirovsky e Roger Wright, concentra no edifício da Pina Luz um panorama da arte brasileira do século XVIII ao século XX.
Ainda não é certo se Volz irá deixa o cargo do Inhotim para assumir a diretoria da Pinacoteca ou se ele deve acumular as funções.