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Cinco momentos marcantes do Theatro Municipal, que completa 114 anos

Maria Callas e Mário de Andrade são alguns dos nomes que fazem parte da história do cartão-postal da cidade

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 set 2025, 18h05
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O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo em 1984 (Theatro Municipal/Divulgação)
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O Theatro Municipal de São Paulo celebra 114 anos nesta sexta-feira (12). Inaugurado em 1911, o espaço é um dos principais símbolos culturais da cidade e do país. Em sua cerimônia de abertura, o Theatro reuniu ilustres convidados e uma multidão estimada em 20 000 pessoas nas imediações. Na época, chamou atenção por sua iluminação elétrica, sendo o primeiro prédio da cidade totalmente abastecido por esse sistema.

Theatro Municipal de São Paulo
Theatro Municipal de São Paulo (Complexo TMSP/Divulgação)

Desde então, o Theatro Municipal se consolidou como palco de grandes nomes da música, dança e teatro. Ao longo das décadas, recebeu companhias e artistas que marcaram a história das artes no século 20 e também foi cenário da Semana de Arte Moderna e tantos outros momentos históricos. Confira momentos marcantes da trajetória do teatro abaixo.

A Semana de Arte Moderna de 1922

Em 1922, entre os dias 13 e 17 de fevereiro, o manifesto artístico-cultural reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras, pintura e escultura, e palestras.

Artistas consagrados como Mário de Andrade, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Oswald de Andrade trouxeram uma nova visão de arte para o país. O movimento, que deu origem ao Modernismo no Brasil, chocou grande parte da população e rompeu com a arte acadêmica ao trazer uma revolução estética e social.

O impacto Mário de Andrade no Theatro Municipal

Em 1935, o escritor e expoente do modernismo se tornou o primeiro diretor do recém-criado Departamento de Cultura e Recreação da Cidade de São Paulo, com o objetivo democratizar o acesso à arte e valorizar as manifestações culturais brasileiras.

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Sua gestão durou apenas até 1937, mas nesse período o modernista foi responsável por criar dois dos Corpos Artísticos mais marcantes ligados ao Theatro, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, voltado à música de câmara, e o Coral Paulistano.

Em 2026, o Coral celebra 90 anos com um concerto, em 12 de fevereiro, sob regência de Maíra Ferreira, com repertório voltado para a música coral brasileira e estreia mundial da obra Auto de Todo Mundo e Ninguém, de Camargo Guarnieri, de 1981.

A única passagem de Maria Callas pelo Brasil

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Maria Callas com o figurino de ‘La Traviata’ (Theatro Municipal/Divulgação)

A soprano Maria Callas – que este ano foi vivida por Angelina Jolie no filme indicado ao Oscar Maria Callas – esteve no Brasil apenas uma vez, em 1951, quando se apresentou no Theatro Municipal de São Paulo, e posteriormente, no do Rio de Janeiro.

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A temporada lírica de 1951 trouxe outros cantores de grande projeção internacional, como Renata Tebaldi, Fedora Barbieri, Beniamino Gigli, Giuseppe Di Stefano e Gino Bechi. Acometida por um mal-estar, Callas foi substituída em uma apresentação por Norina Greco.

O Theatro Municipal como palco de manifestações populares

Em 1978, as escadarias do Theatro foram palco do ato de lançamento do Movimento Negro Unificado, uma das organizações pioneiras na luta contra o racismo no Brasil. Em 1984, durante o comício das Diretas Já, o prédio histórico foi cercado por uma multidão de mais de 1,5 milhão de pessoas no Vale do Anhangabaú, tornando-se parte da paisagem de um dos momentos mais emblemáticos da redemocratização brasileira.

Prêmio inédito

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Montagem de ‘O Guarani’ (Rafael Salvador/Divulgação)

A montagem contemporânea da ópera O Guarani, em 2023, e remontada em 2025, foi um marco recente no debate sobre multiculturalismo e a arte lírica. Com concepção geral de Ailton Krenak e direção musical de Roberto Minczuk, a montagem teve um coro e orquestra guarani. 

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O espetáculo foi o vencedor do prestigioso prêmio da associação Ópera XXI na categoria “melhor produção de ópera latinoamericana”. A premiação é organizada pela associação representativa do setor lírico espanhol, composta por 25 teatros e festivais de ópera mais importantes da Espanha. Foi a primeira vez que o Brasil levou a honraria.

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