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“O infarto só me trouxe coisas boas”, diz Casagrande

Em sua primeira entrevista após receber alta, o comentarista e ex-jogador falou sobre o desafio de mudar os hábitos

Por Veja São Paulo
Atualizado em 17 Maio 2024, 16h35 - Publicado em 8 jun 2015, 11h55
Capa Ed. 2315 - Casagrande - Casagrande em sua casa
Capa Ed. 2315 - Casagrande - Casagrande em sua casa (Mário Rodrigues/)
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O comentarista da Globo Walter Casagrande Júnior, de 52 anos, falou pela primeira após receber alta na última quarta (3) do hospital TotalCor, na região da Avenida Paulista. Em entrevista para o jornalista Glivan Ribeiro, editor do jornal Agora e coautor da biografia sobre o ex-jogador, ele falou sobre sua recuperação e a necessidade de mudar os hábitos. “Como não morri, o infarto só me trouxe coisas boas. Parei de fumar, só como coisas saudáveis, e estou prestes a namorar uma menina que conheci.”

Após sentir dores no peito e no braço, Casagrande foi internado no dia 29 de maio, após sofrer um infarto. Ele passou por cirurgias de cateterismo e angioplastia (desobstrução de uma artéria). No mesmo dia das operações, ele postou em sua conta no Twitter uma mensagem: “Sentindo o peso da idade”. Recuperado, ele foi liberado pelos médicos para participar da cobertura da Copa América, no Chile.

Durante a entrevista, o comentarista disse que já havia parado de consumir bebidas alcoólicas, mas mantinha outros hábitos prejudiciais para a saúde. “Estava sem beber álcool havia quatro meses. Já tinha cortado, até mesmo bombom com recheio de licor. Mas fumava e comia de tudo, sem preocupação com gordura, sal, açúcar. Agora, além de não beber, já parei de fumar e entrei numa dieta rigorosa.”

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Para o jogador, o infarto foi mais um dos reflexos de seu estiolo de vida anterior. “Tenho um coração sofrido, que batia forte quando eu cheirava, depois desacelerava bruscamente. O que me fez suportar tudo isso é o fato de ter sido atleta.”

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No início de 2006, Casagrande foi internado por causa de uma overdose de speedball, mistura injetável de cocaína e heroína. Em sua biografia, ele registrou o que aconteceu a caminho do hospital: “Comecei a conversar com o meu coração: ‘Meu, você está comigo desde que eu nasci. Não vá me deixar na mão agora. Não bata mais do jeito que você está batendo, porque eu não vou aguentar’”.

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Em setembro de 2007, totalmente fora de controle, apagou no volante de seu jipe Cherokee no bairro da Lapa — o carro capotou, abalroando seis outros veículos. O episódio resultou em sua internação, por mais de um ano, na Clínica Greenwood, em Itapecerica da Serra, a 33 quilômetros da capital. Em 2013, lançou biografia na qual conta em detalhes o drama durante os anos de dependência.

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