CASACOR São Paulo anuncia próxima edição no Parque da Água Branca
Após três anos no Conjunto Nacional, mostra aposta na integração entre natureza e cidade
A edição de 2024 da CASACOR São Paulo acaba no domingo (28) e a organização do evento já prepara a próxima jornada. Por ora, a primeira mudança será de espaço físico. Sai o icônico Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, que abrigou as últimas três edições do principal evento de arquitetura, paisagismo, arte e design de interiores da América Latina, e entra outro espaço querido dos paulistanos: o Parque da Água Branca.
“A CASACOR tem em seu DNA o caráter itinerante”, explica André Secchin, CEO da mostra. Com construções tombadas e em tom amarelo, que remontam à década de 1920, além de aves e muita natureza, o parque traz um ambiente de fazenda para o efervescente bairro de Perdizes. A localização, inclusive, foi um dos critérios que atraíram a atenção dos organizadores, por ser uma região repleta de espaços que promovem cultura e conhecimento, como o Sesc Pompeia e a PUC.
Segundo estimativa da organização, a área ocupada será no mínimo 10% maior do que os quase 9 000 metros quadrados do espaço no Conjunto Nacional e vai envolver duas edificações, além de uma pequena rua, o que permitirá a realização de parte da mostra ao ar livre. A escolha também caminha junto com uma tendência arquitetônica que prega a maior interação do urbano com a natureza. “O verde está cada vez mais desejado e também queremos levantar a bandeira da preservação”, afirma Secchin.
A missão da CASACOR, de acordo com o CEO, é deixar um legado para a sociedade. E no Água Branca não vai ser diferente. “A nos sa ideia é acelerar a transformação do parque por meio de intervenções que vão qualificar as edificações, trazendo novos potenciais para a área.” Como parte desse legado, a CASACOR fará a manutenção dos espaços de uso do parque. Haverá também a implantação de um elevador e adequações de acessos.
A regeneração, a adaptabilidade e o esforço coletivo prometem pautar a próxima edição, cujo tema ainda não foi divulgado. “Queremos regenerar o nosso viver com mais verde, mais espécies”, diz Secchin.
Publicado em VEJA São Paulo de 26 de julho de 2024, edição nº 2903.