Banda Malta cativa o público com rock pesado e romântico
Depois de vencer o <em>Superstar</em>, grupo tem agenda de shows lotada até o fim do ano
Cansados de tocar covers em formaturas e em botecos no formato banquinho e violão, quatro jovens músicos de São Paulo se reuniram há pouco mais de um ano com o objetivo de montar uma banda de rock. Em seis meses, com três canções próprias no currículo e nenhum show na agenda, o grupo Malta apresentou-se no programa Superstar, da Globo, venceu o reality show musical e ganhou milhares de fãs.
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No fim da atração, em julho deste ano, já somava nove faixas entre as dez mais baixadas no iTunes Brasil e 42 apresentações marcadas. O sucesso se consolidou com o álbum de estreia, Supernova, que vendeu mais de 200 000 cópias dois meses após o lançamento. Um dos hits, o grudento Diz pra Mim, está na trilha da novela Alto Astral. Confira o clipe:
Formada por Adriano Daga (bateria), Bruno Boncini (vocal), Diego Lopes (baixo) e Thor Moraes (guitarra), a banda aposta no que eles chamam de rock romântico, uma combinação entre guitarras pesadas, voz rouca e refrões açucarados. “Se traduzirmos as letras estrangeiras, grande parte falará de amor. A diferença é que são ditas em inglês”, teoriza Bruno.
Mas nem todos morrem de amores por eles. O produtor Carlos Eduardo Miranda, que já trabalhou com nomes como Raimundos e O Rappa, considera o estilo careta demais: “É equivalente ao pior sertanejo que existe”, detona.
Enquanto os críticos torcem o nariz, a plateia se esbalda. Canções como Vai Ser Assim e Baby, cuja autoria é do vocalista com pinta de galã, ajudam a criar um momento Wando nas apresentações: as fãs arremessam lingeries no palco e enchem as redes sociais com recados picantes. Bruno responde postando selfies sem camisa. “Percebi que gostam de ver o que estamos fazendo no dia a dia”, diz o cantor.
O publicitário Airton Fernandes dos Santos, de 29 anos, faz parte do crescente séquito de admiradores. Sua loucura mais recente foi tatuar a mesma frase que os integrantes têm no corpo: Live the Dream, lema retirado de um letreiro do bar BrewDog, em Pinheiros.
Gente como Santos bate cartão nas animadas apresentações ao vivo dos rapazes. O grupo, que cobra cachê de aproximadamente 50 000 reais, tem 22 shows marcados até o fim do ano — em São Paulo, sobe ao palco em 21 de dezembro, na Via Marquês, na Barra Funda. Os planos futuros incluem a gravação de um DVD e um novo álbum.