Preços de material escolar variam até 269% em papelarias de SP, diz Procon
Em nove papelarias foram pesquisados 132 de produtos básicos

O Procon-SP encontrou variações de preços de materiais escolares em papelarias de todas as regiões de São Paulo. O órgão paulista de defesa do consumidor reforça a importância da pesquisa de preços antes de ir às compras
O levantamento foi feito pelos especialistas do Procon em nove estabelecimentos. De todos os 132 itens pesquisados, foram encontradas variações que chegaram a 268,75% em um dos produtos básicos: a régua de 30 cm, que da marca pesquisa (Acrimet), era vendida a R$ 5,90 em um estabelecimento e a R$ 1,60 em outro. Veja aqui o relatório completo do Procon-SP.
Dos 132 itens elencados, 25 (18,9%) apresentam variação de preço acima de 90% a depender do estabelecimento pesquisado. Um apontador de lápis da CIS/Sertic, uma caneta esferográfica Compactor 1.0mm (Economic) e outra do modelo 1.2mm (07B), tiveram diferenças de preços respectivamente de 210,53%, 262,5% e 200%.
A caixa de tinta seis cores para pintura a dedo (15ml da Acrilex) foi encontrada por R$ 5,90 e por R$ 12,80 (diferença de 116,95%). Uma caixa de giz de cera curto de 15 cores (Acrilex), tinha preços de R$ 6,25 e de R$ 17,90 (variação de 186,40%). E a caneta hidrográfica jumbo, de 12 cores no modelo Big Abelinhas (Acrilex) estava sendo vendida a R$ 29,95 em um estabelecimento e pelo dobro, R$ 59,90, em outro lugar.
Ao mesmo tempo, somente seis produtos (4,5%) na pesquisa tiveram uma diferença inferior a 20%. É o caso da lapiseira Poly 2.0mm, comercializada entre R$ 9,20 e R$ 9,90 – variação de 7,61% – e da resma de 500 folhas A4 Premium da Suzano Report, vendida de R$ 41,50 a R$ 49,50 nas lojas visitadas – diferença de 19,28%.
Os especialistas do Procon-SP orientam que, antes de comprar, o consumidor verifique quais dos produtos pedidos pela escola já possua em casa e se estão em boas condições de uso, o que ajuda a evitar compras desnecessárias.
Além disso, fazer trocas de livros didáticos entre alunos de diferentes níveis das mesmas escolas ou próximas, também garante uma economia importante e uma prática sustentável, que deve ser incentivada.
A pesquisa deste ano feita de forma presencial em nove estabelecimentos comerciais das regiões norte, sul, leste, oeste e central da capital paulista, nos dias 16 e 17 de dezembro.
Segundo o órgão, foram pesquisados os preços de produtos básicos, que costumam estar em todas as listas de compras de materiais: apontador de lápis, borracha, caderno, caneta esferográfica, caneta hidrográfica, cola, giz de cera, lápis de cor, lápis preto, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, refil para fichário, régua, tesoura e tinta para pintura a dedo. No total, 132 itens, cujos preços foram comparados entre os diferentes estabelecimentos visitados.
Para a comparação, foram considerados os preços para pagamento à vista por meio do cartão de crédito, praticados nos dias em que a coleta foi realizada.
Recomendações importantes
Além da pesquisa de preços e do reaproveitamento dos itens que já possui, o Procon alerta que é interessante o consumidor verificar se o estabelecimento oferece descontos para compras em grandes quantidades. Dessa forma, pode ser interessante reunir-se com outros pais para uma compra coletiva.
É essencial saber que na lista de material as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer material de uso coletivo, como materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo, conforme determina a Lei nº 12.886.
Na hora da compra, o consumidor precisa estar atento aos preços – que devem ser informados de forma clara e precisa pelo estabelecimento – e avaliar se eventuais promoções são realmente vantajosas.