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Grupo Laces alia vaidade com sustentabilidade

Com salões carbono zero desde 2014, empresa leva à COP30 os seus projetos para mudar o segmento de cuidados com os cabelos e regenerar o meio ambiente

Por Vanessa Barone
13 nov 2025, 11h45
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Itamar Cechetto e Cristiane Dios: consumo como ato político (Leo Martins/Veja SP)
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Atuando no segmento de hair spa — com salões focados no tratamento da saúde dos cabelos —, o grupo paulistano Laces é um veterano na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Na COP30, que segue até o dia 21 de novembro na capital paraense, Belém, o grupo faz a sua quarta participação, na qual apresenta experiências bem- sucedidas em ESG, que promovem a pauta de beleza sustentável e o impacto positivo em toda a cadeia produtiva.

Entre os cases levados à COP30, está a parceria entre a empresa e a rede de lojas de artigos de beleza Soneda. A colaboração, que tem apoio do Sebrae, visa aumentar a presença de marcas do segmento clean beauty (algo como beleza limpa, em tradução livre) nas prateleiras da rede varejista.

Em outro painel, o Laces apresenta o projeto Bioma, que vem transformando salões tradicionais por todo o Brasil em exemplos de responsabilidade socioambiental. A rede já conta com 57 estabelecimentos. “Isso mostra que é possível equilibrar lucro e propósito”, explica Itamar Cechetto, 52, CEO do Grupo Laces.

Para o executivo, até há pouco tempo, o consumo sustentável era uma concessão no hábito. “Hoje, é uma evolução”, afirma Itamar, que acredita na adesão cada vez maior do consumidor brasileiro aos negócios ambientalmente responsáveis. “Consumir é um ato político”, completa Cristiane Dios, 52, cabeleireira e cosmetóloga, responsável por, lá atrás, dar seguimento ao trabalho de sua mãe, Mercedes Dios, fundadora do primeiro salão Laces and Hair, em 1987.

Mas mudar a lógica produtiva de toda uma cadeia não é algo fácil. Segundo dados da Euromonitor, respeitada empresa de pesquisas, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza do mundo (atrás de Estados Unidos, China e Japão) e o quarto na geração de lixo plástico, de acordo com levantamento do WWF, o Fundo Mundial para a Natureza. Isso sem falar nas emissões de carbono e nos resíduos poluentes que vão parar nos lençóis freáticos.

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Detalhe do ambiente (acima): natureza presente, lavatórios com água de chuva e iluminação fotovoltaica (Caique Barboza/Divulgação)

O modelo de negócio do Laces tenta amenizar os impactos ao ambiente em diferentes frentes. Os salões que compõem a rede própria — são dez unidades, cinco delas na capital — foram projetados para o uso responsável de água (com captação de chuva) e energia (que vem de fonte fotovoltaica). As emissões de carbono são compensadas desde 2014, e o portfólio de produtos para os cabelos, com marca própria, é composto por formulações naturais.

“Optamos por ir na contramão da indústria de beleza, que ainda utiliza derivado fóssil”, conta Itamar. A pegada natural da companhia é herança de sua fundadora. Mercedes Dios sempre gostou de usar ingredientes naturais para tratar as madeixas de sua primeira clientela, no bairro do Brooklin. “No início, os produtos precisavam ficar na geladeira”, conta a filha, Cristiane.

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Produtos-com-ingredientes-naturais
Produtos com marca própria Laces: ingredientes naturais para tratar os fios (Caique Barboza/Divulgação)

Atualmente, o grupo mantém a primeira fábrica orgânica certificada do Brasil, localizada em Curitiba, responsável pela produção de cosméticos com ingredientes de diferentes biomas brasileiros. Entre eles, açaí, buriti, copaíba, murumuru, calêndula e camomila, oriundos de comunidades extrativistas e cooperativas amazônicas, apoiadas pela empresa. “Cada produto carrega a biodiversidade brasileira e a responsabilidade de cuidar das pessoas e do planeta. Queremos fazer da beleza uma ferramenta de regeneração”, afirma a cabeleireira.

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