O Frevinho da Oscar Freire está de casa nova; fomos conferir
Lanchonete se mudou para o imóvel quase em frente ao antigo endereço, no número 588 da mesma rua

Lanchonete amada por muitos paulistanos, o Frevo — chamado quase sempre de Frevinho — está de casa nova. A unidade pioneira, inaugurada na Rua Oscar Freire em 1956, mudou-se para um imóvel quase em frente, no número 588, já que o prédio antigo foi vendido.
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Calma, quase nada mudou. Um clássico paulistano, o beirute de rosbife, mussarela, tomate e orégano no pão tostadinho continua a sair da cozinha, nos tamanhos míni (R$ 18,80) e grande (R$ 33,40). E o chope Brahma (R$ 8,70) ainda é servido na tulipa de vidro fino, ainda que a chopeira seja nova. A antiga máquina está em manutenção e deve voltar à ativa em breve.

Em funcionamento desde segunda (19), dia da visita de VEJA SÃO PAULO, o novo endereço imita o antigo, mas parece bem mais limpinho. Os azulejos amarelos, que tiveram de ser encontrados em cemitérios de ladrilhos, estão tinindo.
O novo balcão de fórmica, com quinze banquetas enfileiradas, não tem sinal de desgaste. E a decoração ainda é feita ainda com coqueiro e bananeira de mentira e bonecos relacionados ao frevo. “A tentativa toda foi fazer o mais igual possível”, afirma o proprietário Roberto Frizzo.

Embora o salão pareça mais espaçoso, o número de lugares é idêntico. A grande diferença é que o imóvel anterior tinha um formato mais para “retangular”, comprido e estreito, enquanto o atual apresenta uma forma mais para “quadrada”.
Outra novidades é o mezanino, que pode ser reservado para pequenos eventos, e os banheiros, bem branquinhos. E, saudositas, um alento: a conta ainda é fechada na ponta do lápis. Hábito mais à moda antiga, não há.

“Havia muita pressão da clientela, preocupada como o novo espaço ia ficar”, diz Frizzo. “Mas me parece, pela aceitação, que o pessoal sentiu que estamos próximos da memória afetiva do público. Não tinha como ficar no antigo endereço”, continua. “Uma mudança, às vezes, é ate boa.”