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Bolo de rolo ganha variações que renovam a sua tradição

Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco faz sucesso pela delicadeza e a combinação de sabores que mistura Brasil com Portugal

Por Vanessa Barone
25 jul 2024, 21h00

Entre as delícias gastronômicas de Pernambuco, o bolo de rolo é o grande destaque. Isso graças a sua delicadeza e uma combinação de sabores que exalta a miscelânea de influências da cozinha do estado. Com tantos predicados, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco, em 2008. A receita original reúne a tradição portuguesa (massa à base de farinha, ovos, manteiga e açúcar) com o frescor brasileiro (recheio de goiabada). Atualmente, o bolo vem passando por adaptações para incluir outros sabores no recheio.

“Hoje, fazemos bolo de rolo de chocolate, doce de leite e até com doce de banana”, diz Fernanda Dias, de 89 anos, quituteira que é uma das grandes responsáveis pelo sucesso da guloseima para além das fronteiras pernambucanas. Sobremesa que tradicionalmente era feita apenas em ambientes domésticos, para acompanhar o lanche da tarde, o bolo começou a ser comercializado nos anos 1970, pela Casa dos Frios, no Recife. O empório havia sido adquirido pela família de Fernanda em 1957. Quem ensinou a receita do quitute, feito de camadas finíssimas que derretem na boca, foi Ana Maria Soares, cozinheira que trabalhou para a família Dias e, posteriormente, na Casa dos Frios.

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Fernanda Dias: desde os anos 1970, fazendo o quitute mais famoso de Pernambuco (Divulgação/Divulgação)

E, como toda receita passada de mulheres para mulheres, essa também guarda os seus segredos. O primeiro deles é ter atenção com a temperatura e o tempo de forno: 200 graus por três minutos, no máximo. Ou seja, é zás-trás. É preciso parcimônia ao espalhar o recheio (para não atrapalhar o enrolar) e, por fim, saber servir — em fatias de 3 milímetros, no máximo, ou vira rocambole. “É essencial usar ingredientes de qualidade”, completa Fernanda, que trabalha todos os dias no empório da família, mas já não se aventura no preparo. “Não precisa, eu já ensinei a receita.” Receita, aliás, que guarda outro truque: algumas colheradas de vinho do Porto no recheio do doce.

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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de julho de 2024, edição nº2903

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