Uma aula de balé para queimar 800 calorias em meia hora
Cheguei para a aula de ballet fitness às 9h da manhã, reclamando do trânsito, quando uma aluna me disse que leva uma hora e meia pra chegar de sua casa, em Embu das Artes, até a Vila Olímpia. Algo que faz, com gosto, três vezes por semana. Não era a única. Chovia naquele dia, e […]
Cheguei para a aula de ballet fitness às 9h da manhã, reclamando do trânsito, quando uma aluna me disse que leva uma hora e meia pra chegar de sua casa, em Embu das Artes, até a Vila Olímpia. Algo que faz, com gosto, três vezes por semana. Não era a única. Chovia naquele dia, e a academia estava lotada.
O que tem de tão especial nessa aula? A resposta é a metodologia: uma mistura de passos técnicos do balé clássico (aquele que usa a barra como apoio) mais exercícios fitness, como agachamento, abdominais e flexões. E a promessa de gastar 794 calorias em apenas meia hora de aula, de acordo com testes metabólicos realizados (K4). As contas foram feitas pelo médico Dr. Franz Burini, especialista em esporte.
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Entre as alunas, além disso, é comum a hashtag #BumbumNoCoque. Até porque o grande foco, ali, é o aumento do número de repetições e no tempo de isometria e sustentação muscular. “O ballet fitness é a única modalidade que trabalha a postura, deixa o corpo longilíneo, melhora o tônus muscular, a flexibilidade, a respiração e o equilíbrio”, me contou Betina Dantas, bailarina desde menina que desenvolveu o método.
Aliás, o destino cruzou seu caminho aos 14 anos, quando teve uma grave lesão no tornozelo e foi obrigada a aposentar as sapatilhas de ponta. Uma tristeza para uma jovem que sonhava em ganhar os palcos do mundo e se formou na Royal Academy of Dancing, de Londres. “Eu amava tudo, mas minha paixão sempre foi o balé. Acordava rodopiando pela casa e dormia de figurino”, lembra.
A virada na sua carreira se deu ao acaso, quando Betina dava aulas de balé infantil na Body Tech de Goiânia e ficava “indignada” (no bom sentido, claro) ao ver as mães das alunas sentadas, por uma hora, em plena academia. “Eu falava: gente, vai malhar.” As mamães de plantão diziam ter horror de musculação, mas se tivesse uma aula de balé adulto… Era 2003 e nem se falava em balé adulto. (Quero fazer um registro: sou uma bailarina frustrada porque não pude fazer quando pequena e só hoje, aos 43 anos, vejo essa possibilidade).
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Assim, nasceu o ballet fitness que Betina registrou em seu nome por insistência de uma amiga. Virou uma febre no Brasil inteiro. Ela licenciou o método em todo o país, capacitando profissionais e, no ano passado, abriu seu próprio espaço, o Studio. Ali, se faz de tudo um pouco, do ballet fitness ao tradicional ou jazz. Só que o predileto das alunas é a modalidade fitness. Betina virou a queridinha das anônimas e das famosas. Não raro você pode ver uma estrela por lá. Mas não se engane: o tratamento é igual pra todas. E não treina não pra ver.
Pra ter mais informações, acesse @balletfitness
Pra me seguir, @canseidesergorda_ e temos uma página no FB: Cansei de Ser Gorda.
Um beijo, de sapatilhas, até mais!