O que emagrece mais: dieta ou atividade física?
Você se esfalfou na esteira, suou mais do que pulando Carnaval sob o sol da Bahia e, na hora do almoço, crente de que era merecedor, mandou ver num sanduba, x-tudo tamanho GG. Afinal, o treino da manhã vai compensar essa emburacada, certo? Veja bem, se seu objetivo é apenas manter o peso, vá lá. […]
Você se esfalfou na esteira, suou mais do que pulando Carnaval sob o sol da Bahia e, na hora do almoço, crente de que era merecedor, mandou ver num sanduba, x-tudo tamanho GG. Afinal, o treino da manhã vai compensar essa emburacada, certo? Veja bem, se seu objetivo é apenas manter o peso, vá lá. Do contrário, deu ruim. Pra zerar um big hambúrguer, daqueles que levam bacon e se recheiam num total de 800 e tantas calorias, você teria que ter corrido uma hora e vinte minutos ou caminhado duas horas e meia. É, é duro.
Quase cai pra trás quando soube, segundo contas do médico Nabil Ghorayeb, professor do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, da USP, que pra compensar aquele (delicioso) balde de pipoca com manteiga que divertiu o cineminha do domingo, você precisa de T-R-Ê-S horas de caminhada. #Socorro.
Então não adianta nada, nadinha, fazer exercício? Não, não é isso que estamos escrevendo aqui. Exercício é sempre bom. Só que, se seu objetivo é se livrar de alguns quilos, fazer apenas atividade física não vai funcionar. Por experiência própria, eu poderia cravar essa informação porque treino cinco vezes por semana e se eu vacilar, pá: engordo. Mas como tenho juízo e sou vacinada, estou sustentando a informação com base numa pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, segundo a qual a vitória na briga com a balança está relacionada à alimentação, e entrevistas que fiz com profissionais da área.
Lógico que o exercício conta (e muito) pontos. Mas não basta. Tem que controlar a boca. Uma conta simplista, feita por diversos especialistas com os quais eu conversei, garante que, pra se livrar de um quilo de gordura corporal é necessário queimar cerca de 7 mil calorias. E, pra isso, você teria fazer 12 horas de treinamento intenso. Tem uma outra continha batizada de “70/30”, segundo a qual o emagrecimento depende 70% da alimentação e 30% da atividade física.
O nutricionista Marco Jafet vai além. E diz que, em alguns casos, a alimentação tem até 80% de peso no sucesso da dieta. “Não adianta nada se matar de fazer atividade física e manter uma ingestão calórica totalmente desproporcional ao gasto energético”, afirma. Ainda que a pessoa se alimente bem, com comida saudável, ingerir mais do que gasta não resolve. A conta não fecha. Por isso, há vários estudos que compravam a eficácia da perda de peso apenas com dieta.
Em outras palavras, segundo a nutricionista Karen Juliana George, a melhor combinação ainda é reeducação alimentar com atividade física (#MasAGenteQuerMilagre #MeIncluo). Até porque, as coisas são bem relativas: enquanto um pessoa que está no peso ideal consegue queimar até 700 calorias em uma hora de atividade física intensa, uma que está acima do peso pode chegar à metade disso, simplesmente porque não consegue manter o ritmo ou executar os movimentos corretamente. #Choremos
A educadora física Camila Hirsch até que poderia puxar sardinha pro seu lado, mas foi categórica: “para perda de peso, é preciso focar no controle da alimentação”. Até porque, como lembrou ela, tem várias pessoas que estão acima do peso (o conhecido gordinho #oi!) que corre (e completa) maratona, por exemplo. Ou seja, gasta bem, mas come bem também. Se for falar de uma relação saudável, quantidade de massa muscular, aí exercício tem um peso fundamental, porque, ao reduzir o peso, a pessoa perde massa magra. “Agora quando faz exercício e dieta, você perde peso e mantém massa magra. E mais pra frente ganha massa muscular.”
É minha gente, num adianta né? Tem ter equilíbrio e depois de chegar a um peso ideal, aí sim, fazer aquela velha e boa compensação: comeu/gastou. E #vambora.
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Um beijo, até mais.