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Vida Boa

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A repórter Bárbara Öberg fala sobre bem estar, exercícios, saúde e novidades para melhorar a rotina.

Meu filho está ficando obeso. O que devo fazer?

Nuggets, hambúrguer, batata frita e videogame, um combo explosivo que está deixando nossos filhos obesos, ou bem rechonchudos, e sem a energia inerente às crianças de correr, pular e se divertir no sol. Os números são tensos: 8% das crianças brasileiras, de 0 a 5 anos, foram consideradas obesas no Brasil em 2013, um aumento de […]

Por Rosana Zakabi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 fev 2017, 21h42 - Publicado em 10 out 2016, 14h56
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Foto: Divulgação

Nuggets, hambúrguer, batata frita e videogame, um combo explosivo que está deixando nossos filhos obesos, ou bem rechonchudos, e sem a energia inerente às crianças de correr, pular e se divertir no sol. Os números são tensos: 8% das crianças brasileiras, de 0 a 5 anos, foram consideradas obesas no Brasil em 2013, um aumento de 79,3% se comparado com 2008, segundos dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde. Não é um problema do Brasil. O mundo infantil está simplesmente engordando: entre 1990 a 2014 a quantidade de crianças menores de 5 anos com sobrepeso aumentou de 31 milhões pra 41 milhões, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

O que fazer? Médicos ouvidos pelo Vida Boa dizem que a melhor solução é estimular refeições com comida de verdade, sepultando os industrializados (sobretudo fast foods e os sucos em caixinha, em geral lotados de açúcares). E, também, estimulando o exercício. Mas tome cuidado: se o seu filho já está com sobrepeso e destoa da turma da escola, ou do condomínio, melhor incentivar que ele faça um esporte individual; assim, ele não terá que “sofrer” com a turma que pode preteri-lo. Crianças sedentárias e obesas podem ser mais lentas que as demais. O alerta me foi dado pelo ortopedista Nei Botter, do Hospital Einstein, num bate-papo muito franco, sem os melindres de quem não quer enxergar a realidade.

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Obesidade infantil é um problemão. Pode gerar complicações de saúde sérias às crianças, como problemas cardiovasculares, metabólicos, pulmonares e ortopédicos. Isso sem entrar na questão emocional. Sim, as crianças chamam outras crianças de baleia e afins. Nem sempre por mal, claro. Mas vira piada. “Além disso, o excesso de peso na infância é um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade também na vida adulta ”, emenda a médica Karina Hatano, especializada em esporte.

E qual é a melhor atividade física para o seu filho? Bem, embora não pareça, a escolha é muito, muito, importante. Botter, do Einstein, alerta que há diferenças abissais entre atividade física e atividade esportiva – nessa última, na qual ocorre competição. “Se a criança passa a ser excessivamente exigida pelos pais ou técnicos pela busca de medalhas, ela pode desistir de fazer atividade para sempre.” Crianças gostam de brincar; então, o ideal é que os pais deixem que elas façam atividades físicas sem pressão. “Uma criança que faz esporte de maneira lúdica se desenvolve melhor, tanto na parte motora como no campo emocional”, afirma.  “Estimula o convívio social e a disciplina, ajuda a formar o caráter e fortalece a autoestima, enfim, uma melhora por completo”, acrescenta Karina.

Atividade física por faixa etária:

De 0-8 anos

São importantes as atividades físicas que proporcionam o desenvolvimento de coordenação motora, equilíbrio, conhecimento do próprio corpo e que possam contribuir com os aspectos sociais e psicológicos da criança: aprender a dividir e respeitar o colega, a ser disciplinado, a dar mais importância à participação do que ser vencedor. Aqui, o que vale é o “brincar” e gastar energia, priorizando exercícios aeróbicos: pega-pega, brincadeiras com bolas, esconde-esconde.

A natação é uma boa opção de esporte a ser iniciado a partir dos 6 meses de idade, no qual a criança, além de gastar energia, consegue desenvolver coordenação motora e o equilíbrio. No entanto, crianças de até 2 anos ainda ficam mais sujeitas a infecções de ouvido, devendo ter maior atenção.

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De 9-14 anos

Nesta faixa etária, os pais já começam introduzir  a criança em esportes (individuais, coletivos, lutas)  e o objetivo é continuar desenvolvendo a coordenação motora e equilíbrio. Mas exercícios que proporcionam agilidade, resistência e potência já podem ser introduzidos nesta fase. Atividades físicas coletivas também são uma excelente ferramenta para desenvolver o convívio social com outras crianças.

A partir dos 15 anos

Os exercícios aeróbicos continuam sendo importantes para melhorar a capacidade circulatória e o gasto energético, entre eles a corrida, natação, transport e a bicicleta. O trabalho de força com pesos, como a musculação, também já pode ser feito nessa fase. Nesse caso, como o adolescente ainda está com a epífise (extremidade dos ossos) em crescimento, o treino deve ser feito sob orientação adequada, respeitando um programa de fortalecimento muscular e evitando carregar pesos maiores do que o recomendável, ou seja, evitar ultrapassar 80-90% da carga máxima aguentada pelo adolescente.

Paula Toyansk, gerente nacional Acqua e Kids da Bodytech, dá dicas importantes aos pais:

– estimular a atividade física desde pequenos;

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– ser o exemplo. Dois terços das crianças que têm pais sedentários, tornam-se crianças sedentárias e, mais tarde, podem se tornar obesas;

– certificar-se de que a criança está se divertindo;

– propor passeios e atividades diferentes;

– estipular horários para a TV, computador e tablet;

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– levar em consideração o que a criança tem vontade de fazer;

– propor o diálogo sobre alimentação saudável e sobre atividade física.

 

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