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Por Bárbara Öberg Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Com anorexia, atriz americana chega a 19 quilos e pede ajuda em vídeo

Em geral, eu uso esse espaço pra falar da nossa briga com a balança – e com muito humor. Mas hoje eu fiquei triste – e também chocada – quando me mandaram o vídeo da atriz americana Rachel Farrokh. Ela está com 19,8 quilos. E lançou uma campanha “Rachel’s Road to Recovery”, via YouTube e […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 26 fev 2017, 16h28 - Publicado em 27 Maio 2015, 11h14
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Rachel Farrokh, que sofre de anorexia, antes do agravamento de seu quadro clínico

Em geral, eu uso esse espaço pra falar da nossa briga com a balança – e com muito humor. Mas hoje eu fiquei triste – e também chocada – quando me mandaram o vídeo da atriz americana Rachel Farrokh. Ela está com 19,8 quilos. E lançou uma campanha “Rachel’s Road to Recovery”, via YouTube e mídias sociais, pra conseguir grana e se tratar numa clínica especializada nos Estados Unidos. Aí você, que está sem paciência ou pouco aí pra qualquer pessoa, vai dizer: bem feito, que mulher ignorante. #Fail.

Bem, eu não sei quem é essa moça, nem muito menos se ela foi uma atriz famosa – desculpem. Também não me dei ao trabalho de pesquisar, porque não importa quem ela seja e sim o problema grave – gravíssimo – da doença que ela sofre. Hoje foi ela, amanhã pode ser alguém perto de você (toc, toc, toc, isola).

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Quando eu tinha 23 anos (hoje tenho 42) uma das minhas melhores amigas morreu justamente de magreza: pesava 40 quilos (ou menos) e teve uma falência dos órgãos. Desmaiou, e morreu. É curioso que a gente não percebe que o outro está ficando doente, porque simplesmente a pessoa começa a fugir, disfarçar. Com essa atriz não foi diferente. Ela esconde a doença há dez anos – seja por vergonha, seja por que motivo for. No vídeo, ela diz que sofre de anorexia nervosa e que sua doença é psicológica e tem consequências biológicas. Triste. O marido Ron Edmonson, que parou de trabalhar pra cuidar dela, explica que o tratamento para uma pessoa nesse estado (com tão baixo peso) tem que ser específico: se ela ingerir muitas calorias, o metabolismo irá gastar mais do que o normal, e ela perderá ainda mais peso. #Ironia.

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Ron Edmonson, marido de Rachel, abandonou o emprego para cuidar dela

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Há dez anos, ela vem batendo cabeça, achando que pode se curar. E já passou por inúmeras transfusões de sangue, teve insuficiência renal e cardíaca. Ahhhh, você vai questionar: e por que só pediu ajuda agora? Putz, segundo o texto da sua campanha a razão foi vergonha.  “As pessoas pensam que a doença é uma questão simples sobre magreza e se alimentar bem. Que basta se alimentar que ficará tudo bem. A verdade é que estas pessoas estão sofrendo tanto que querem desaparecer.” #Que dó.

O problema tá na cabeça e não no corpo, sabemos. A anorexia, veja bem, é a terceira doença crônica psiquiátrica crônica (e que mata) nos Estados Unidos (só perde pra asma e pra obesidade). Vida besta: ou explode ou definha. Esse distúrbio, que em geral vem acompanhado de bulimia, acomete mais mulheres, em particular adolescentes.E o índice de mortalidade de 5,6%, de acordo com dados da Associação de Psiquiatria Americana (APA).

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Rachel gravou vídeo em busca de ajuda para tratamento

 

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Em geral, as pessoas que padecem desse mal, tem absoluta distorção das sua imagem: enxerga-se acha gorda, ainda que esteja pele sobre ossos. Ainda assim, continua com compulsão pela magreza. Vários são os motivos que podem desencadear a doença: baixa autoestima, ansiedade e fatores genéticos são alguns deles. Algumas vezes, fatores externos são o gatilho pra impulsionar a coisa.

Em tempo: gente, antes de julgar a moça, reflitam. E, antes de pensar em emagrecer, cuidem da cabeça, a mente comanda todo o resto. E isso não é clichê. Eu cansei de ser gorda, mas eu não sou magra para os padrões de beleza atuais – aliás, to bem longe, até. E nunca estive tão feliz e, o melhor, saudável, dentro da minha calça 40 (e apertadinha), tá?

Assista ao vídeo:

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=DoMEqaTUfcY?feature=oembed&w=500&h=281%5D

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Se você quiser me seguir no Instragram: @canseidesergorda_

E temos também uma página no Facebook: cansei de ser gorda.

Um beijo, se ame, e até mais.

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