Censurar emoticon gorducho resolve problema dos obesos?
Ahhhhhhhhhhhhhhh, eu sempre digo que pra emagrecer a criatura tem que curar a cabeça antes. Por que, ó, vou falar: gordo sem convicção se ofende. Se ma-go-a. Não consegue nem se auto-zoar se chamando de gordo. Eu já tinha tomado na cabeça aqui nesse espaço porque as pessoas ficam passadas com o nome do blog. […]
Ahhhhhhhhhhhhhhh, eu sempre digo que pra emagrecer a criatura tem que curar a cabeça antes. Por que, ó, vou falar: gordo sem convicção se ofende. Se ma-go-a. Não consegue nem se auto-zoar se chamando de gordo. Eu já tinha tomado na cabeça aqui nesse espaço porque as pessoas ficam passadas com o nome do blog. Aha, eu que escolhi. Mas me surpreendi hoje cedo quando li a notícia de que o Facebook teve que tirar do ar o “emoticon (aquelas carinhas, sabe?) com a descrição “Sentindo-se gordo”. Ããã?
Mas por que gente? Porque to dizendo…. gordo sem convicção se ofende. (Eu conheço gordo feliz!). A coisa deu o que falar. O “emoticon” gorducho virou alvo de campanhas com fotos de pessoas dizendo que “gordura não é sentimento”. Por meio de uma plataforma digital de petições on-line Charge.org, a campanha arrebanhou 17 000 assinaturas. A pressão foi tão forte que o Facebook tirou o troço do ar. Ou melhor: mudou a frase “Sentido-se gordo” por “Sentindo-se estufada”. Vou mudar o nome do blog pra Cansei de ser Estufada. (Aha, isso é piada, gente).
Ao jornal The Washington Post um porta-voz do Facebook explicou: “Nós ouvimos dos usuários que listar ‘sentindo-se gordo’ como uma opção para atualização de status poderia reforçar a visão negativa sobre o corpo, particularmente sobre as pessoas que lutam contra desordens alimentares”. (Acho o tema obesidade bem sério, mas peraí).
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A líder da petição nos Estados Unidos, Catherine Weingarten, ficou feliz da vida com a atitude do Face, porque foi eliminada “uma forma de constrangimento maldosa do corpo na internet”. Para ela, o sucesso da campanha mostra que “unidos podemos desafiar as mensagens culturais que são tão danosas à nossa habilidade de nos amarmos e vivermos confortavelmente com nossos corpos”.
Ué, se tá confortável por que fica ofendido? Eu hein.