Advogado emagrece 38 quilos sem cortar a cerveja do cardápio
O advogado Alexandre Lyrio conta sua saga pra perder peso, largar o cigarro e diminuir as doses de bebida alcoólicas, com força de vontade (algum exagero) e obstinação: “Tudo começou um pouco antes de me mudar para São Paulo, em março de 2008. Fui a um médico e ele me perguntou se era casado e […]
O advogado Alexandre Lyrio conta sua saga pra perder peso, largar o cigarro e diminuir as doses de bebida alcoólicas, com força de vontade (algum exagero) e obstinação:
“Tudo começou um pouco antes de me mudar para São Paulo, em março de 2008. Fui a um médico e ele me perguntou se era casado e se queria ter filhos. Na ocasião, estava em meu primeiro casamento e com 98 quilos (tenho 1,83 metro), mas cheguei a pesar 103 quilos. Detalhe: fumava 25 cigarros por dia, comia somente arroz feijão, carne e batata, bebia dois litros de leite por dia e mais uns dois de cerveja. Também bebia, com frequência e altas doses, uísque, vodca e vinho. Era capaz de beber sozinho duas garrafas de vinho ou uma uísque.
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Mas vamos volta para a consulta. Ao ver meus exames, o médico me disse: “Analisando o que tenho em mãos, creio que você vai ver seus filhos nascerem, mas não os vai ver na faculdade.” Foi um choque!
Comprei uma bike e já na primeira semana em São Paulo comecei a pedalar. Andava pelo Alto da Boa Vista, perto de casa. E bolei uma fórmula para parar de fumar. Veja, o cigarro é um intervalo de tempo. É algo que introduzimos em nosso cotidiano e que nos ocupa cinco minutos. Logo, acrescentamos ele à nossa rotina e, dessa forma, redesenhamos nosso dia a dia.
Se o cigarro nos ocupa um tempo, ele torna-se um momento, uma circunstância. Assim, é possível anotar a circunstância de cada cigarro em nosso dia a dia. Parece loucura, né? Mas, depois de ordenar uma lista de prioridades, você pode parar de fumar o menos importante, ou seja, o último cigarro. Isso resolve duas coisas para o fumante: retira o temor psicológico do fumante de que nunca mais irá fumar e reduz gradativamente a quantidade de nicotina no sangue, fazendo com que a abstinência não seja sentida.
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Faz-se na verdade, o caminho de volta. Não há uma data limite para parar, mas a cada dois ou três meses você pode refazer a sua lista de cigarros. O incrível é que a cada vez você se sente mais e mais capaz de cortar cigarros e o corte dos dez primeiros é bem fácil. Assim, comecei a parar de fumar em 20017. Outro efeito psicológico importante: não importa quanto você fuma e sim quanto você deixou de fumar. Assim, diariamente eu pensava: sou um ex-fumante de X cigarros.
Diminuir o cigarro e começar a pedalar fizeram com que eu me sentisse melhor. Então, me encorajei a mexer na alimentação. Cortei os dois litros de leite, uísque, vinho, vodca, tequila, cachaça, pão e feijão. Substituí arroz por verduras verdes escuras cruas. E mantive a cerveja! Rrsrsrs. Tudo o que eu comia, acrescentava verduras verdes escuras picadas. Podia comer um churrasco, mas para cada pedaço de carne vinha um mundo de verdura junto. Verduras verdes escuras ajudam a limpar e acelerar o metabolismo.
Em quatro meses, perdi 15 quilos. E mantive a cerveja. Fiquei animado, acelerei o processo, comecei a fazer musculação. Assim foi até 2009, quando terminei o casamento e voltei para o Rio. Em dezembro do mesmo ano, já de namorada nova, eu estava com 38 quilos a menos (fui de 103 quilos para 65 quilos, fiquei com cara de doente e muito magro), reduzi o cigarro de 25 para 3 e fazia 600 abdominais por dia, musculação e ainda nadava 2 000 metros. E, depois, claro, tomava minhas cervejinhas. Eu li em vários lugares que, depois do treino, cerveja hidrata tão bem quanto água e ainda te devolve um pouco de açúcar natural de fácil digestão. Era tudo que precisava saber. Mas exagerei no emagrecimento e fiquei doente. Peguei uma gripe que não melhorava, fui ao médico e estava com carência de vitaminas.
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Então, reequilibrei minha alimentação, mas vivo em vigilância do peso. Hoje tenho 78, tomo complexo multivitamínico todos os dias, suco antigripe: beterraba, cenoura, agrião, mel, laranja, limão, acerola e gengibre. Não estou treinando com a mesma frequência, mas como não dirijo, faço tudo a pé. Não fumo mais, mas continuo bebendo minhas cervejas artesanais… Minha paixão!”
Alexandre, obrigada por contar a sua história. E parabéns por ter largado o cigarro.
Um beijo, até mais.
Em tempo: se você quer me contar sua história, escreve pra mim chrismartinez@butiquedeletras.com.br (eu repondo todos os emails, mas, calma, é no tempo que dá).
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