O melhor de Istambul, parte 2: as duas principais mesquitas
Ficam frente a frente na região de Sultanahmet, o bairro histórico de Istambul, dois de seus principais cartões-postais: a Santa Sofia, de um lado, e a Mequita Azul, do outro. Entre elas, esparrama-se uma praça recheada de palmeiras e fontes. Chama a atenção a imponência e a grandiosidade das construções – e qualquer semelhança, neste […]
Ficam frente a frente na região de Sultanahmet, o bairro histórico de Istambul, dois de seus principais cartões-postais: a Santa Sofia, de um lado, e a Mequita Azul, do outro. Entre elas, esparrama-se uma praça recheada de palmeiras e fontes. Chama a atenção a imponência e a grandiosidade das construções – e qualquer semelhança, neste caso, não é mera coincidência.
Construída pelos cristão no século VI e símbolo-mor dos bizantinos, a Santa Sofia reinou soberana como o maior templo religioso do planeta até o século XVI. Sua arquitetura é, até hoje, considerada uma afronta às leis da gravidade: sua cúpula central se ergue, com mais de 30 metros de diâmetro, a mais 50 metros de altura, sem colunas ou pilares de sustentação.
Mas então no final do século XV Istambul foi invadida por muçulmanos que trataram de logo ocupar o templo e mascarar sua origem cristã. Mosaicos, afrescos e qualquer outra referência religiosa foram cobertos e a Santa Sofia foi declarada uma mesquita (hoje ela é um museu, aberto ao público todos os dias).
Mas a mania de grandeza dos sultões não estava saciada. No início do século XVII, o Sultão Ahmet mandou construir à imagem e semelhança da Santa Sofia um novo templo, bem em frente a ela, mas que fosse ainda maior. Nascia assim, oito anos depois de sua ideia megalomaníaca, a Mesquita Azul, que ganhou este nome pelo tom da fachada revestida de azulejos Iznik de cor cobalto. O templo segue até hoje funcionando como uma mesquita, mas pode ser visitado por turistas fora dos horários de culto.