Catto estreia show do disco ‘Caminhos Selvagens’ em São Paulo
Os espetáculos de lançamento do trabalho acontecem no Sesc Pompeia, em julho; confira a entrevista da artista sobre a nova turnê

Catto leva seu mais novo disco, Caminhos Selvagens (2025), para o palco do Sesc Pompeia no próximo mês, com datas de estreia nos dias 5 e 6 de julho.
A cantora e compositora gaúcha lançou seu quinto álbum de estúdio em maio — o primeiro de inéditas em sete anos, sucessor do excelente tributo a Gal Costa, Belezas São Coisas Acesas por Dentro (2023). Com sua nova turnê, a artista estará comemorando seus 15 anos de carreira.
No palco, Catto estará acompanhada de Michelle Abu (bateria), Fabio Pinczowski (guitarra), Jojô Inácio (guitarra, violão e programações), Gabriel Mayall (baixo) e Julia Klüber (piano). O repertório inclui as faixas do novo álbum e outras músicas da sua discografia, como Saga e Nada Mais.
O espetáculo tem direção cênica de Leon Franz e Alma Negrot, iluminação de Grissel Manganelli e figurinos do estilista Andre Betio. Os ingressos para a estreia em São Paulo começam a ser vendidos nesta terça-feira (24), às 17h, no site do Sesc.
A turnê segue depois para Porto Alegre (7/8) e pela Europa entre setembro e outubro, com apresentações em Paris, Barcelona, Madrid e Lisboa. Em novembro, a artista volta para participar do festival Rock The Mountain, em Petrópolis.
3 perguntas para Catto
Qual a atmosfera que você busca levar ao palco no show de Caminhos Selvagens, em quesito de banda, cenário e figurino?
É um show extremamente estético, temos uma equipe maravilhosa. Tem uma coisa extremamente elegante e, ao mesmo tempo, roqueira. Somos uma banda de amantes do rock, somos loucos por isso. É um show bastante operístico de certa forma, tem uma narrativa, uma direção, uma dramaturgia. Estou muito feliz e achando tudo um luxo.
Depois de rodar o Brasil com Belezas são Coisas Acesas por Dentro, está animada para cantar suas próprias composições ao vivo?
Estou animadíssima. O Belezas são Coisas Acesas por Dentro foi um presente que aconteceu na minha vida. Foi uma oportunidade maravilhosa de me desenvolver como intérprete e cantora e de reencontrar o público depois de um período de muito isolamento, por conta de todas as questões sanitárias e políticas do Brasil na última década. Foi um momento de muito amor, um reencontro lindo com as pessoas. Mas o que me importa e me move são as minhas canções, precisamos expressar o que temos dentro de nós, então estou muito emocionada de contar a minha história agora em primeira pessoa.
Você vê alguma diferença importante entre cantar suas canções e interpretar composições de outras pessoas? Ou, ao cantar músicas alheias, você acaba entendendo elas como suas, naquele breve momento?
Quando eu coloco uma música de outro compositor no meu trabalho, é porque ela é absolutamente minha também. Eu me transporto muito para o texto que estou dizendo no palco. Claro que são coisas diferentes, e cantar a nossa própria canção carrega muito das nossas memórias e vivências. É algo que, para mim, tem mais peso, uma sensação de maior vulnerabilidade. Quando canto outro compositor, é mais fácil, de certa forma. Até mais prazeroso, em alguns momentos. Antes de ser uma artista, sou fã de muitas pessoas, então é uma delícia subir no palco e cantar uma música do Caetano Veloso, da Lana Del Rey, da PJ Harvey. Mas o que realmente vim fazer aqui é escrever a minha história.
Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93, Pompeia, ☎ 3871-7700. ♿ Sáb. (5), 20h. Dom. (6), 18h. R$ 60,00. sescsp.org.br