Os melhores momentos no cinema do “felomenal” José Wilker
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Quando foi ao ar a primeira versão de Gabriela, em 1975, eu era uma criança descobrindo o cinema. José Wilker tinha um papel mais que importante na TV – interpretava o mocinho Mundinho Falcão, papel que ficou com Mateus Solano na adaptação de 2012. Nas telas, Wilker fazia par com Sonia Braga num drama dirigido por Daniel Filho chamado O Casal. Lembro que minha irmã, Kátia, foi ver e gostou. Eu não tinha idade para entrar. Assim como também fui proibido de ver Xica da Silva (1976) e Dona Flor e seus Dois Maridos, os dois mais importantes filmes de Wilker nos anos 70 (e assistidos em vídeo algum tempo depois).
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No início da década seguinte, veio, para mim, seu melhor filme: Bye, Bye Brasil – e, ufa!, consegui entrar no cinema Paramount, onde hoje funciona o teatro Renault. O Lorde Cigano, que rodava o país com uma pequena caravana de artistas, é daquelas figuras que já entraram para a história. Por mais que Wilker tenha se rendido à TV (e nela tenha feito um grande sucesso), jamais abandonou o cinema, talvez a sua maior paixão – não à toa, o ator era comentarista do Oscar e um cinéfilo de carteirinha.
Bonitinha, mas Ordinária (1981), O Homem da Capa Preta (1986), Os Inconfidentes (1987) e Besame Mucho (1987) foram ainda outros bons exemplos do cinema de Wilker daquela época. Com a crise provocada pelo governo Collor nos anos 90, os filmes minguaram. Embora tenha se metido em alguns fiascos, como Villa-Lobos (2000) e Viva Sapato! (2003), das últimas atuações de Wilker no cinema gosto de Redentor (dele e do filme), de 2004, e de seu Zeca Diabo em O Bem-Amado (2010).
Giovanni Improtta, que estreou em maio de 2013, levou sua assinatura, pela primeira vez, como diretor de um longa-metragem. Era uma tentativa de “ressuscitar” o personagem homônimo da novela Senhora do Destino, seu maior sucesso junto ao público ao lado de Roque Santeiro. Nem de bilheteria nem de crítica, não foi nada “felomenal”, como diria Improtta.
Quando a Academia de Hollywood dá um Oscar honorário para um ator costuma levar em conta sua carreira. Wilker mereceria um prêmio deste porte se for considerada sua filmografia mais do passado do que do presente. Recentemente, no entanto, o astro teve seu momento de brilho e glória na televisão na pele do coronel Jesuíno Mendonça, de Gabriela. Ou alguém aí vai dizer que não se lembra do bordão “Hoje eu vou lhe usar”.
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