Os filmes que fizeram a redação de VEJA SÃO PAULO chorar
Quando escrevi um post dizendo que havia chorado muito ao ver A Culpa É das Estrelas, Tiago, meu colega de redação que diz nunca ter chorado vendo um filme, me propôs fazer uma lista em que eu apontasse os longas-metragens que me fizeram derramar lágrimas. Resolvi mudar o foco da proposta e fazer a pergunta […]
Quando escrevi um post dizendo que havia chorado muito ao ver A Culpa É das Estrelas, Tiago, meu colega de redação que diz nunca ter chorado vendo um filme, me propôs fazer uma lista em que eu apontasse os longas-metragens que me fizeram derramar lágrimas.
Resolvi mudar o foco da proposta e fazer a pergunta para os colegas que trabalham comigo. Achei boa a adesão: 24 pessoas responderam e, para os durões que insistem em dizer que “homem não chora”, dez amigos abriram o coração para o blog.
Foi curioso notar também que as razões são diversas, porém envolvem 1) lembranças de infância 2) doenças 3) animais. E, quem diria, até as animações chegaram a comovê-los. Note que tanto Toy Story 3 quanto Up receberam mais de um voto.
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Toy Story 3
Marcus Oliveira – É capaz de fazer o mais ogro virar uma criança lembrando a transição da infância para a vida adulta.
Diego Sapia Maia – Chorei feito um pirralho com o final do filme e lembro que os óculos 3D ficaram encharcados. Não sei exatamente o motivo, mas creio que ter visto o primeiro filme no cinema com 10 anos de idade e foi importante para criar laços afetivos com os personagens.
Up! Altas Aventuras
Carolina Romanini – Chorei do início ao fim. Uma animação de sensibilidade ímpar.
Simone Yamamoto – Fui ver achando que só iria rir. Mas a sequência triste e sem falas é algo que cortou o coração.
Tatiane Rosset – Foi difícil escolher um, mas Up levou o troféu por alguns motivos: arrancou lágrimas em tempo recorde. O segundo motivo é a história, um bem escrito roteiro que emociona até o coração mais duro. Terceiro: o personagem Dug, um cachorro falante. É impossível não chorar ao pensar que eu nunca terei um mascote como ele.
Blade Runner (versão do diretor)
Maurício Xavier – Curiosamente, nunca derramei uma lágrima sequer com histórias obviamente tristes. Sempre me emociono em filmes que terminam com uma cena bem específica. É o caso aqui: o policial Rick Deckard (Harrison Ford) encontra o unicórnio de origami, tem uma epifania sobre sua própria existência e entra no elevador.
Ninguém Pode Saber
Catharina Nakashima – O drama derruba o mito de sociedade perfeita que existe no Japão. Na história, quatro irmãos são abandonados pela mãe e têm que se virar sozinhos. Passam fome e frio sem que nenhum vizinho note. É triste, causa revolta e desconforto.
Sempre ao seu lado
Lilian Almeida – Me emocionei muito ao ver o companheirismo, a dedicação e a lealdade de um cachorro ao seu dono mesmo após sua partida.
Um caso de amor puro e verdadeiro!
O Impossível
Lady Targino – Ver o desespero da família naquele desastre (um tsunami) foi chocante demais e a cena do reencontro deles me emocionou muito.
O Mágico
Saulo Yassuda – Não me contive com a história desta animação francesa sobre o ilusionista que perdia público para o rock e precisava se virar procurando novas plateias. Era como se ele perdesse parte da própria vida. Aí, desabei.
O Retorno do Corcel Negro
Milena Emilião – Tinha 7 ou 8 anos e assisti na televisão com meu pai. Na mesma hora em que me apaixonei por cavalos, chorei copiosamente depois que o filme acabou.
Menina de Ouro
Alexandre Nobeschi – Quando é impossível desviar de um contragolpe da vida.
A Lista de Schindler
Sophia Hesketh Braun – Meus avós viveram a guerra de alguma forma (meu avô, austríaco e judeu, sobrevivente da perseguição nazista; e minha avó, norueguesa e protestante, cuja família ajudou a esconder fugitivos) e esse tipo de narrativa é sempre muito comovente.
Alabama Monroe
Luan Flavio Freires – Fui desavisado ao cinema, pronto para assistir a apenas um filme romântico básico com a namorada. Saí de lá à procura de um lenço, parecia uma criança contrariada.
Forrest Gump
Alexandre Araujo Ribeiro – Uma lição de vida mostrando que as limitações podem ser vencidas pelo amor.
Kramer vs. Kramer
Alecsandra Zapparoli – Este me marcou porque foi o primeiro em que eu chorei. Tinha apenas 7 anos quando assisti a história da mulher (Meryl Streep) que decide deixar o marido (Dustin Hoffman) e disputam no tribunal a guarda do filho pequeno. Acho que me coloquei na situação daquele menino lindo, de cabelo tijela e olhar tristonho. Lembro até hoje da cena em que o pai tenta preparar pela primeira vez o café da manhã do garoto e é um desastre completo. Mas ajudei a encher Itaipu quando contam para o menino a decisão do juiz. Bem que gostaria de assistir ao filme de novo, algumas décadas depois (rs), para ver o quanto perdi ou não da minha sensibilidade.
Edward, Mãos de Tesoura
Silas Colombo – Não tem como não se sensibilizar imaginando aquele coitado com uma coceira no nariz.
Dançando no Escuro
Adriana Ferreira Silva – Tive de sair de óculos escuros do cinema porque chorei de soluçar na cenas em que a Bjork é enforcada.
Central do Brasil
Dirceu Alves – Eu nunca tinha vivido a experiência de chorar no cinema com mais de 20 anos nas costas. Então, veio Central do Brasil em uma tarde de sábado de abril de 1998. Tinha feito 23 anos naquela semana e, quando a Fernanda Montenegro pega o ônibus para sair do sertão e a carta começa a ser lida… naquela cena final… eu finalmente chorei!
Marley & Eu
Julia Gouveia – Depois de ver o filme, cheguei em casa, abri a porta aos prantos e sai correndo para abraçar meu cachorro. Minha mãe, coitada, sem entender nada, tomou um baita susto, achando que algo de mais grave tinha acontecido. Sou muito apegada ao meu bichinho de estimação e, depois dessa, me recuso a assistir filmes que envolvam cachorros fofos e finais trágicos!
Lado a Lado
Carolina Giovanelli – Assim como A Culpa É das Estrelas, tem a ver com câncer e causa comoção no final. Tenho em DVD, mas penso duas vezes antes de tirá-lo da prateleira. Tenho de estar preparada psicologicamente antes de assisti-lo.
À Espera de Um Milagre
Glauber Benevenuto – O motivo é a aceitação da injustiça serenamente por parte do personagem e a solidão de outro personagem que recebeu o poder de viver mais que outras pessoas.
O Quarto do Filho
Laura Ming –– Muito difícil não se comover com a dor de um pai que perdeu seu filho e com as dificuldades da família se adaptar à nova situação.
Elena
Luisa Nishi Coelho – Derramei litros d’água, tanto pelo enredo quanto pela poesia na forma de contar.
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