Imagem Blog

Tudo Sobre Cinema

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Continua após publicidade

O lugar de fala de Michaela Coel na série I May Destroy You

Criadora da atração da HBO, a atriz e roteirista de 32 anos faz um registro sobre um caso de estupro e suas consequências emocionais

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 set 2020, 10h19 - Publicado em 10 set 2020, 09h55
 (HBO/Divulgação)
Continua após publicidade

Lugar de fala é uma expressão que vem sendo muito difundida nos últimos anos, sobretudo neste caótico 2020. Michaela Coel tem seu lugar de fala na televisão. Como mulher, negra, inglesa de origem africana e vítima de estupro, ela despontou como uma revelação da televisão com a série Chewing Gum, na Netflix. Mas está ganhando mais elogios por I May Destroy You.

Aos 32 anos, ela escreveu, codirigiu e protagonizou a nova atração da HBO e, não sem motivos, virou a queridinha de produtores e críticos. Em sua mais recente criação, dispara farpas pesadas contra os homens, sobretudo héteros brancos, a quem sua personagem, em certo momento, diz odiar. O engajamento feminista dá o tom à trama.

Michaela interpreta Arabella, uma escritora novata que fez sucesso instantâneo e precisa entregar o manuscrito de seu segundo livro. Após uma estada na Itália, ela volta para Londres e vai tomar uns drinques com amigos. Ao fim da balada, sai cambaleando de um bar e, no dia seguinte, já se pega numa reunião com seus editores. Está com a testa machucada e não sabe como voltou para casa. Alguns flashes em sua memória a relembram que um homem a estuprou num banheiro e, a partir daí, Arabella reporta o crime numa delegacia.

+Assine a Vejinha a partir de 6,90

Não espere algo na linha policial de, por exemplo, Inacreditável, da Netflix, também uma história sobre casos de estupro. Michaela fez uma série de representatividade e ativismo. Com elenco praticamente todo de atores negros e uma pegada de empoderamento das mulheres, a trama também aborda abusos sexuais entre homossexuais e apresenta com naturalidade uma personagem trans.

Sororidade é a palavra de ordem. Enquanto as personagens femininas passam incólumes pelo crivo de Michaela, a grande maioria dos homens é vista como infiel, cafajeste ou age de má-fé. É uma observação discutível, porém a ser levada em conta: a mãe de Michaela migrou de Gana e, além da origem humilde, a atriz passou por situação criminosa semelhante à de Arabella, em 2016. Ela tem, portanto, o direito de abordar o que e como quiser em sua série, conquistando, assim, seu lugar de fala. Os doze episódios, de meia hora cada, estão disponíveis na HBO pelo NOW ou HBO GO.

Continua após a publicidade

Quer me seguir nas redes sociais? Anote: 

Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr. 

 

 

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.