Michael Douglas e Matt Damon vivem romance real
Exibido no Festival de Cannes, em maio, e na TV americana, alguns dias depois, Behind the Candelabra terá transmissão na HBO Brasil. O canal pago, porém, só confirma que será “no segundo semestre”. Meio vago, não? Durante minhas férias, ansioso que só, vi a cinebiografia do pianista gay Liberace (1919-1987). A exibição nos Estados Unidos […]

Exibido no Festival de Cannes, em maio, e na TV americana, alguns dias depois, Behind the Candelabra terá transmissão na HBO Brasil. O canal pago, porém, só confirma que será “no segundo semestre”. Meio vago, não? Durante minhas férias, ansioso que só, vi a cinebiografia do pianista gay Liberace (1919-1987).
A exibição nos Estados Unidos alcançou 2,4 milhões de espectadores. Muita gente querendo conferir não só a vida privada do famoso artista como as tão comentadas performances de Michael Douglas e Matt Damon. A atuação dos atores, realmente, valem muuuito a pena.
Liberace ficou famoso entre as décadas de 70 e 80 pelo estilo kitsch dos pés à cabeça. Nunca saiu do armário, embora quem o visse no palco ou na TV não tivesse dúvidas a respeito de sua orientação sexual. Nas performances cafonérrimas, tinha candelabros sobre o piano (daí o título, “atrás do candelabro”).
O filme tem o ponto de vista do amante/namorado de Liberace, Scott Thorson (Damon), tanto que o roteiro foi baseado num livro autobiográfico. Filho adotivo de um casal de fazendeiros de Los Angeles, o rapaz, que treinava animais em sets de filmagens, é convidado por um paquera para ver um show de Liberace, em Las Vegas. No dia seguinte, eles vão a um brunch na casa do pianista. Papo vai, papo vem… e Liberace convida Scott para morar com ele. O anfitrião mostra-se um sujeito recluso e solitário. Scott aceita o convite e, além de empregadinho, vira amante do patrão, com direito a caprichos sem ter fim e muito sexo – Liberace tinha um apetite e tanto neste quesito.
O roteiro é bem explicadinho e a direção do badalado Steven Soderbergh (Magic Mike) recai num telefilme acima da média. Há uma breve cena de nudez de Damon, beijos na boca, uma rápida transa e um apimentadíssimo papo sobre ser passivo ou ativo na cama. O que é mais importante, como já disse acima, é como estes dois grandes atores se entregam ao papel. Símbolo de virilidade, Douglas não tem pudor em mostrar a barriga flácida e uma careca postiça. Damon, por sua vez, está com uma maquiagem carregada, sobretudo quando é obrigado pelo parceiro a fazer plástica no rosto. Liberace tinha uma obsessão: seus parceiros deveriam ter a cara dele quando jovem.
Ah, e não dá para esquecer a presença hilariante de Rob Lowe, que faz o cirurgião dos protagonistas. O galã de West Wing vive um médico afetado e de os olhos repuxados – parece uma gueixa de tanto que esticou a cara. Sua aparição é uma cereja do bolo que não podia faltar num filme assumidamente brega.
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Assista ao trailer!
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