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Além do filme, vida de Hebe Camargo vai virar documentário e minissérie

A roteirista Carolina Kotscho prepara um registro com imagens de arquivo e depoimentos de artistas como Roberto Carlos, que falam sobre a apresentadora

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 set 2019, 20h14 - Publicado em 25 set 2019, 19h13
 (Reprodução/Veja SP)
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A história da vida de Hebe Camargo (1929-2012) não vai parar no longa-metragem Hebe – A Estrela do Brasil, que chega nesta quinta (26) aos cinemas. Quem for ver o filme, vai notar: a trama é ambientada apenas na década de 80, mais exatamente entre 1985 e 1986. É um trecho da carreira de Hebe muito importante, quando seu programa foi alvo de censura, mesmo com o Brasil de volta à democracia.

Hebe – A Estrela do Brasil
Andréa Beltrão interpreta Hebe Camargo no filme e na minissérie (Divulgação/Divulgação)

Em conversa com a roteirista do filme, Carolina Kotscho, ela me deu uma explicação sensata: “Me distanciei das biografias que vão do berço ao túmulo”. Embora Carolina tenha começado a se envolver com o roteiro entre 2014 e 2015, muitos assuntos abordados no filme estão em pauta nos dias de hoje, como a própria censura, a violência doméstica e os direitos de LGBTs (Hebe era uma defensora dos homossexuais e travestis).

Quem quiser ver a vida de Hebe do início ao fim, terá de esperar até janeiro de 2020, quando a Rede Globo deve exibir a minissérie, que será dividida em dez capítulos. “São projetos muito distintos”, explica Carolina, também roteirista de 2 Filhos de Francisco, um grande sucesso do cinema nacional. A série tomou mais quatro meses de filmagens e será algo como uma fluxo de memória de Hebe. “O roteiro foi feito a partir das muitas entrevistas que li e vi com ela”, revela. A minissérie está em processo de montagem.

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A novidade, porém, é o documentário que Carolina está “gestando” e que pretende lançar simultaneamente à estreia da minissérie. Nos últimos dias, contudo, a roteirista, que fará sua estreia na direção, anda indecisa quanto ao formato. Seria melhor um documentário em longa-metragem para o cinema ou uma série documental?

A dúvida tem um motivo: a fartura de material que ela tem em mãos. Só do suprassumo de imagens de época, há cem horas. Além disso, a própria Carol entrevistou quarenta pessoas para o documentário. Uma das principais é Leonor Teixeira, a fã de 95 anos que tem o maior acervo de Hebe Camargo. Há muitos famosos também. Ela colheu os depoimentos de várias apresentadoras, como Xuxa, Eliana, Adriane Galisteu, Ana Paula Padrão e Fátima Bernardes, além de cantoras como Rosemary. “Todas disseram que Hebe deixou um buraco imenso na TV”.

E tem o Rei? Sim, Roberto Carlos, a paixão platônica de Hebe, também falou sobre a maior apresentadora que o Brasil já teve. O que ele disse? Só vamos saber em 2020.

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