Globoplay: 1 minissérie com Jamie Dornan e 3 filmes cinco-estrelas
Em três capítulos, Morte e Rouxinóis se passa na Irlanda de 1885
O Globoplay tem filmes e séries interessantes. Mas é preciso garimpar para encontrar os “tesouros”. Dei uma boa vasculhada e, além de uma série estrelada por Jamie Dornan, o astro de Cinquenta Tons de Cinza, achei três filmes que, na minha opinião, ganharam cinco estrelas – algo raro.
A Série – Morte e Rouxinóis
Em 1885, numa área rural da Irlanda, sob o domínio do império britânico, a jovem Beth Winters (Ann Skelly), de 23 anos, sabe que sua mãe traiu o marido e ela não é filha de Billy Winters (Matthew Rhys). O homem a quem ela chama de pai a deserdou e a tem tratado como uma mulher, investindo em carícias, carinhos e beijos indesejáveis. Eis, então, que entra em cena o bonitão Liam Ward (Jamie Dornan, de Cinquenta Tons de Cinza), vizinho e inquilino de Billy, que vai tentar conquistar o indomável coração de Beth. Morte e Rouxinóis, minissérie em três episódios, de uma hora cada um, da BBC, é extraída do livro de Eugene McCabe, de 1992. Numa trama de assédios, traições e amores duvidosos, há ainda um fundo político — um movimento dos rebeldes pela independência da Irlanda. Em pegada novelesca e com um tom feminista, só faltou um desfecho de maior impacto.
Os filmes
A Separação > Simin (Leila Hatami) e Nader (Peyman Moadi) está de frente para um juiz. Ela precisa do divórcio para se mudar do Irã com a filha adolescente. Mas ele se recusa a assinar os papéis. Em enredo plural e realista, o diretor iraniano Asghar Farhadi faz emergir um magnífico tratado das relações humanas. O tema da separação, enfim, torna-se um mero detonador de conflitos cada vez maiores e irresistivelmente fascinantes. Vencedor do Oscar de filme estrangeiro em 2012.
Filho de Saul > Em uma incursão singular por um campo de concentração na I Guerra, o diretor húngaro László Nemes joga o espectador em um registro realista do Holocausto. Na trama, Saul (Géza Röhrig) tem uma função ingrata em Auschwitz: ele “trabalha” para os nazistas levando judeus para a câmara de gás. As jornadas angustiantes são feitas em arrepiantes planos-sequência com sons da agonia e do desespero dos prisioneiros. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2016.
A Cor Púrpura >Talvez tenha sido o filme de Spielberg mais injustiçado no Oscar. Em 1986, concorreu a onze prêmios e saiu de mãos vazias. Danny Glover e Whoopi Goldberg estrelam a soberba adaptação do livro de Alice Walker, sobre uma mulher que, após ser abusada por anos pelo pai, é obrigada por ele a se casar com um fazendeiro tirano e mulherengo. O alento surge na figura de uma cantora de quem Celia se torna confidente.
Quer me seguir nas redes sociais? Anote:
Facebook: facebook.com/paginadoblogdomiguel
Twitter: @miguelbarbieri
Instagram: miguelbarbieri
YouTube: Miguel Barbieri Jr.