Eu e o Cinema, com René Sampaio: as preferências do diretor de Faroeste Caboclo
Comecei a seção Eu e o Cinema entrevistando a atriz Maria Casadevall e, agora, escolhi um cineasta. Nascido em Brasília em 1973, René Sampaio tem uma produtora de comerciais, fez alguns curtas e estreou no longa-metragem neste ano com o elogiado Faroeste Caboclo. Qual sua primeira lembrança de ter ido ao cinema? Os Saltimbancos Trapalhões […]
Comecei a seção Eu e o Cinema entrevistando a atriz Maria Casadevall e, agora, escolhi um cineasta. Nascido em Brasília em 1973, René Sampaio tem uma produtora de comerciais, fez alguns curtas e estreou no longa-metragem neste ano com o elogiado Faroeste Caboclo.
Qual sua primeira lembrança de ter ido ao cinema? Os Saltimbancos Trapalhões (1981). Como era moleque, achei o filme muito colorido e conseguia cantar as músicas. Vi também alguns desenhos da Disney, como qualquer criança.
Quem te levava? Meu pai. Ele me apresentou o cinema e minha mãe, a música.
Ver filmes desde pequeno te motivou a fazer cinema? Não dá para dizer exatamente qual foi a importância de ver cinema desde criança. Eu leio e escuto música desde moleque e nem por isso virei escritor ou músico.
Teve algum filme lá no passado que te deu vontade de ser cineasta? Bye Bye Brasil, do Cacá Diegues. Eu vi na TV e percebi que, ali, havia, sim, a possibilidade de fazer um filme bom e no Brasil.
Você é cinéfilo? Sempre gostei de cinema, mas não me comparo com pessoas que vão ver todos os filmes.
O que teu pai te indicava para ver? Ele até me mandava gravar alguns filmes que passavam na madrugada para ver depois. Entre eles, Papillon, O Homem que Queria Ser Rei, Um Dia, um Gato, O Céu por Testemunha…
Quais são seus filmes preferidos? Glória Feita de Sangue e quase todos do Kubrick, Brazil e Os 12 Macacos, do Terry Gilliam, Cidade de Deus.
E seus diretores? Na verdade, eu escolho um filme pelo filme. Mas tem alguns cineastas que eu gostava de ver quase tudo, como Robert Altman, Woody Allen, Clint Eastwood, Kubrick… Hoje, não tenho nenhum preferido, talvez o Lars von Trier.
E brasileiros? O Cacá Diegues “das antigas”, Fernando Meirelles e Walter Salles, José Eduardo Belmonte. Como fiz curtas, conheço e gosto do trabalho de cineastas como o Kleber Mendonça Filho, Eduardo Nunes, Gustavo Spolidoro… Também é muito consistente a filmografia do Fernando Coimbra, de O Lobo Atrás da Porta.
Prefere ver filmes no cinema ou em casa? No cinema, sem dúvida. Mas como tenho pouco tempo para ir ao cinema, vejo em casa. Nos últimos quatro anos, eu quase não fui ao cinema por causa do Faroeste Caboclo.
Algum filme recente não te agradou? As Aventuras de Pi, do Ang Lee, e Além da Vida, do Clint Eastwood. Não me conectei com as histórias.
Já saiu de alguma sessão? Sim, de Corra que a Polícia Vem Aí (1988). Eu era adolescente e estava rebelde (risos).
Viu muito faroeste para fazer Faroeste Caboclo? Não. Usei as memórias que eu tinha e assisti à trilogia do Sergio Leone: Por um Punhado de Dólares, Por uns Dólares a Mais e Três Homens em Conflito, além de Era uma Vez no Oeste.
Muita coisa ficou de fora do filme? Sim. Mais de uma hora de material. O maior desafio era descobrir o que não fazia parte do filme. Se estava na dúvida, tirava. No DVD, por exemplo, tem quatro cenas que não entraram na montagem final.
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