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Eriberto Leão indica série com profecias e lutas na Netflix

Confira o texto do ator que, atualmente, grava a segunda temporada de Ilha de Ferro

Por Miguel Barbieri Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 jan 2019, 10h00 - Publicado em 18 jan 2019, 10h00
 (Divulgação/Veja SP)
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Eriberto Leão está afastado da TV aberta desde que interpretou o médico gay Samuel, da novela O Outro Lado do Paraíso, em 2017. Mas ele não parou desde então. Está no Globoplay na série Ilha de Ferro e, atualmente, está rodando a segunda temporada deste seriado. No cinema, Eriberto deve ser visto em breve em Maior que o Mundo.

Ele é o convidado da semana para escrever sobre um filme ou uma série que tenha gostado. Confira abaixo o que ele achou de Vikings.

vikings
(Divulgação/Veja SP)

“This will never end ’cause I want more. More, give me more (Isso nunca vai acabar porque eu quero mais. Mais, me dê mais). O início da música de abertura já revela a ambição que permeia a série Vikings. Mas compreender a ambição atávica do DNA que fez o Homo sapiens conquistar o mundo é bem mais instigante por constituir um arsenal de compreensão da raça humana. O manejo das espadas é absolutamente natural por seus movimentos ondulares e cíclicos. E, quando digo natural, é entregar o instinto desconhecido por muitos numa bandeja para o inconsciente se identificar de imediato. Daí o sucesso absoluto da série.

O salto para minha consciência se deu quando iniciei aulas de kali silat, arte marcial das ilhas filipinas, que utiliza movimentos instintivos para a defesa e golpes com bastões e espadas. Era ensinada de guerreiro para guerreiro, de pai para filho, para defender suas famílias e também para ir à guerra. Há, é claro, inúmeros outros motivos para a genialidade da série, como a direção, a fotografia, o roteiro e as atuações fantásticas. Mas essa identificação específica com a luta de espadas me fez ter outro olhar, como no livro Os Dragões do Eden, de Carl Sagan, que explica que shhhhh!, a interjeição para o ato de pedir silêncio, surgiu da comunicação nas cavernas, quando aparecia uma cobra. Grande parte do nosso comportamento vem dessa época, passando pelos clãs, navegando pelos mares simbólicos dos descobrimentos. Cobra, profecias, sobrevivência e luta. A ambição maior de Vikings é essa: sobreviver e ter poder. A internet é isso: o poder da conexão de tudo, ao mesmo tempo, agora. Antes eram as profecias e os oráculos que se encarregavam dessa ligação. Se há um vento que sopra, é possível vêlo através de olhos vikings”.

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> As cinco temporadas de Vikings estão disponíveis na Netflix

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