Cineasta Chico Teixeira morre aos 61 anos
Nascido no Rio de Janeiro e radicado em São Paulo, o realizador foi premiado pelo filme Ausência
Conheci Chico Teixeira no fim dos anos 80. Nascido no Rio de Janeiro e formado em economia, adotou São Paulo como sua cidade e tinha uma grande paixão e vontade de fazer cinema. Tínhamos um amigo em comum, o estilista Conrado Segreto. Após a morte de Conrado, em 1992, passamos a nos ver com menos frequência.
Em 1995, Chico, sempre simpático, entusiasmado, esfuziante e de uma gentileza ímpar, me mostrou o curta documental Criaturas que Nasciam em Segredo. Já havia percebido seu talento a partir de então. Já trabalhando na Vejinha, assisti a seu primeiro longa de ficção, A Casa de Alice, uma pequena pérola do cinema paulista em que Chico trazia de volta à cena a veterana atriz Berta Zemel. Foi um dos melhores filmes brasileiros que vi naquele ano.
Ele retornou às telas em 2014 com Ausência, que ganhou quatro prêmios no Festival de Gramado, incluindo melhor filme e direção. Foi a consagração que precisava.
Chico morreu nesta quinta (12), aos 61 anos. Há anos lutava contra um câncer na garganta e, mesmo assim, estava em preparação para rodar seu terceiro longa-metragem. Agora, Dolores deve ser dirigido por Marcelo Gomes, em junho.
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