Cinco biografias que eu gostaria de ver no cinema
Durante a semana, muito se falou sobre uma entrevista da cantora Joelma, que fez uma infeliz comparação entre gays e drogados. Não gosto da Joelma, não curto seu “gênero” musical e acho suas coreografias e figurinos verdadeiras aberrações. Também não entendo o motivo de se fazer um filme sobre Joelma e a banda Calypso, da […]
Durante a semana, muito se falou sobre uma entrevista da cantora Joelma, que fez uma infeliz comparação entre gays e drogados. Não gosto da Joelma, não curto seu “gênero” musical e acho suas coreografias e figurinos verdadeiras aberrações. Também não entendo o motivo de se fazer um filme sobre Joelma e a banda Calypso, da qual o marido dela, Chimbinha, faz parte. Temos artistas muuuito melhores no Brasil que mereceriam uma cinebiografia. Joelma e Chimbinha fazem música regional e o apelo de um filme sobre eles tende a ser muito restrito.
A cinebiografia no Brasil é algo difícil de ver – literalmente. A TV, neste sentido, tem mais agilidade, vide as belas histórias de Maysa e do casal Dalva de Oliveira/Herivelto Martins, realizadas pela Rede Globo. Puxando pela memória, encontrei mais documentários do que filmes dramatizados sobre nossos artistas – Raul Seixas, Wilson Simonal, Titãs, Jorge Mautner, Cartola, Clementina de Jesus, Bezerra da Silva, Vinicius de Moraes e Tom Jobim foram alguns rememorados em celuloide. Recordo de Cazuza, Noel (e me perdoe se esqueci mais algum nome importante), que já foram enfocados em dramas “ficcionais”. O próximo a ganhar os cinemas é Renato Russo cuja juventude em Brasília foi registrada em Somos Tão Jovens, que será lançado em 3 de maio. Já vi o filme e fiquei encantado com a atuação de Thiago Mendonça. Leia aqui.
Uma biografia que está no ponto de partida é a de Tim Maia, dirigida por Mauro Lima (Meu Nome Não É Johnny) e com estreia prevista para 2014. Diz aí: que outros cantores/compositores mereceriam que sua trajetória fosse contada num longa-metragem? Aí vão cinco ideias!
Elis Regina – A Pimentinha gaúcha foi (e para muitos ainda é) a maior cantora do Brasil. Teve vários amores, casou duas vezes, pariu três filhos – todos artistas. Fez uma carreira magnífica na MPB, deu voz a novos compositores e morreu precocemente aos 36 anos.
Cássia Eller – A grande roqueira da década de 90, tinha uma voz inconfundível e uma presença de palco jamais igualada. Na vida íntima, nunca escondeu sua homossexualidade e, no auge da consagração comercial, morreu aos 39 anos.
Leandro e Leonardo – Os irmãos plantadores de tomates saíram da roça para fazer um estrondoso sucesso na música sertaneja na década de 80 – quem não se lembra do hit Entre Tapas e Beijos?. Se 2 Filhos de Francisco levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas, a trajetória destes cantores também tem tudo para estourar, sobretudo pelo tom dramático que ganha em 1998 com a morte de Leandro.
Roberto Carlos – Embora o Rei não tenha autorizado nem uma biografia no papel, o que dirá de um filme sobre sua vida. Mas seria irresistível ver como o jovem de Cachoeiro de Itapemerim tornou-se símbolo da Jovem Guarda e o cantor mais adorado do Brasil. Sua vida íntima, repleta de dramas, como a morte prematura de sua última esposa, Maria Rita, pode contribuir para uma carga emocional ao roteiro.
Adoniran Barbosa – O pai do samba paulista, foi uma das personalidades mais folclóricas da música de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, sempre buscou nas ruas os personagens imortais de suas canções. Trem das Onze, Tiro ao Álvaro e Iracema ainda hoje estão na boca do povo.
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