“Homem tem medo de mulher alta”, diz Mônica Martelli
Depois de conquistar 2 milhões de espectadores com a peça Os Homens São de Marte… e É pra Lá que Eu Vou!, Mônica Martelli volta com a mesma história, só que agora adaptada para o cinema. Me diverti muito com o filme e, pelo que você vai ler abaixo, Mônica é uma mulher antenada e […]
Depois de conquistar 2 milhões de espectadores com a peça Os Homens São de Marte… e É pra Lá que Eu Vou!, Mônica Martelli volta com a mesma história, só que agora adaptada para o cinema. Me diverti muito com o filme e, pelo que você vai ler abaixo, Mônica é uma mulher antenada e inteligente. Não à toa, ela troca figurinhas com suas colegas de sofá no programa Saia Justa, no canal pago GNT.
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Quais mudanças foram feitas da peça para o filme Os Homens São de Marte… e É pra Lá que Eu Vou!? Abrimos mais espaço para a produtora de casamentos da Fernanda, minha personagem, e para o sócio dela, vivido pelo Paulo Gustavo. A essência da história, a busca da Fernanda por um amor, suas alegrias, decepções, angústias e expectativas, estão todas no filme como na peça. O final é bem parecido e tem o encontro de um amor possível e real.
O objetivo da Fernanda é encontrar um amor? Dela e de todas as mulheres que estão solteiras. Gosto da frase: “O que vai acontecer amanhã eu não sei, mas alguém sabe?”
Acredita, então, que a Fernanda espelha a maioria das mulheres? Ela é obsessiva em encontrar um amor e não apenas um marido. São coisas diferentes. Fernanda é uma mulher contemporânea, independente, livre e bem resolvida. Tem 39 anos, nunca casou e não tem filhos. Está sozinha e sem nenhuma relação que tenha vingado. É claro que a ansiedade aos 39 é maior, o medo de não encontrar o amor é enorme. É como ela fala no filme: “Óvulo tem data de validade” ou “Não tenho mais idade para estar solteira, já tenho idade para estar num casamento em crise”.
Que tipo de homem as mulheres querem? Somos mulheres independentes, trabalhamos e somos exigentes. A gente não quer só um cara que ponha presunto e leite dentro de casa. Queremos um parceiro que nos incentive.
E onde se encontra um amor como este? Hoje em dia, os encontros são difíceis, não topamos com um amor em cada esquina. Acho que cada casal deve encontrar a melhor forma de viver o amor. A minha história não nega em nada as conquistas feministas. Ao contrário, Fernanda é uma mulher livre. O desejo de viver o amor é de todos, não só das mulheres. O diferencial da Fernanda é que ela não tem vergonha nem pudor em admitir esse desejo.
De onde vieram as histórias de amor de sua personagem? Fiz um espetáculo baseado em histórias que vivi, vi e ouvi. São todas histórias reais. E trabalhei sempre buscando a verdade em cena. O filme foi feito da mesma forma. Espero que ele chegue ao coração das pessoas. Fiquei nove anos em cartaz e a peça foi vista por mais de dois milhões de espectadores. Quando estreei, nunca pude imaginar que seria assim.
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Qual foi a maior saia justa que você já passou num romance? Foi com um cara que terminou comigo por email. Na hora fiquei tão chocada que não tive capacidade nem inteligência de interpretar aquele email. Achei que pudesse ser loucura minha porque já estávamos saindo há meses. Para mim, bastou sair cinco vezes que já é namoro. Por meses, é casamento.
E qual foi sua reação depois do email? Minha irmã e uma amiga analisaram o email e, nessas horas, fica todo mundo com pena de você. Elas diziam: “Amiga, ele é um cara inseguro e não sabe lidar com mulheres como você. Ele não te merece”. Quando alguém diz “ele não te merece”, você já sabe que está na pior. É o fim! O melhor é procurar aquela musiquinha de fossa que te faz chorar. Eu tenho uma playlist para sofrer e ajuda muito. Você sofre tudo e volta para a vida renovada. Sobrevivi!
O que faz para manter a forma aos 46 anos? Eu não faço dieta, mas aprendi a comer saudável. Tomo café da manhã, almoço, lancho, janto e ainda tomo um copo de leite com chocolate antes de dormir. Faço musculação duas vezes por semana, trabalho muito, é teatro, uma filha de quatro anos e um namorado. Vivo correndo de um lado para o outro tipo maratonista. Não tem como engordar.
Você é muito assediada pelos homens? Não sou não. Acho que homem tem medo de mulher alta. A gente faz sucesso quando entra em uma festa porque a altura chama a atenção. Mas na hora de chegar junto, eles preferem as baixinhas. Passamos um ar de mulher forte, cheia de opinião, que sabe o que quer. Mal sabem eles que a gente quer colo também, não temos opinião para tudo. Adoramos ser fofinhas e delicadas. Homem gosta de mulher que precisa deles, pelo menos de vez em quando.
E assédio de mulheres? Eu nunca percebi, mas sou tão desligada que, se já aconteceu, eu devo ter achado que ela estava querendo ser minha amiga.
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Por fazer o programa Saia Justa, encontra pessoas que querem conversar com você nas ruas? Elas perguntam de tudo e pedem opinião sobre diversos assuntos. É como se quisessem fazer parte do nosso sofá. Acho uma delícia essa abordagem porque o programa é isso: um gostoso bate-papo com conteúdo, humor e leveza.
Tem algo previsto para a televisão? Sim, a série Os Homens São de Marte…e é pra Lá que Eu Vou!, que vai estrear ainda este ano no GNT. Mas vai ter uma pegada bem diferente do filme e da peça.
Algum outro projeto em vista? Uma nova peça que estreio no ano que vem. A Minha vida em Marte será a continuação de Os Homens São de Marte e vai mostrar a vida de casada da personagem.
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