Tata Amaral defende Lei Rouanet para financiar filme sobre José Dirceu
A cineasta Tata Amaral recebeu a autorização para a captação de 1,5 milhão de reais para o documentário que terá José Dirceu como personagem central. Os recursos virão por meio da Lei Rouanet, de renúncia fiscal. “Ele é um dos personagens mais interessantes da atualidade. Eu o procurei e ele concordou com o filme. No […]
A cineasta Tata Amaral recebeu a autorização para a captação de 1,5 milhão de reais para o documentário que terá José Dirceu como personagem central. Os recursos virão por meio da Lei Rouanet, de renúncia fiscal. “Ele é um dos personagens mais interessantes da atualidade. Eu o procurei e ele concordou com o filme. No entanto, não participou de reuniões ou nem impôs condição alguma. Mantenho total independência no projeto”, afirma.
O documentário, chamado de O Vilão da República, abordará a fase de Dirceu como Chefe da Casa Civil até o final do julgamento da Ação Penal 470 (mais conhecida como julgamento do Mensalão). “Ele foi líder estudantil, viveu na clandestinidade, ajudou a fundar um dos maiores partidos da América Latina, foi ministro e se transformou em um vilão. É uma história interessantíssima”, justifica.
A ideia, segundo ela, é acompanhar a intimidade do personagem “controverso” num momento importante de sua vida. “O filme é uma investigação isenta. Buscarei financiamento por meio dos mecanismos que estão à disposição para o fomento do cinema, assim como fiz com meus trabalhos anteriores, e que estão disponíveis para todos os outros cineastas brasileiros. São mecanismos de estado, não de governo, e financiam filmes que constroem nossa cinematografia, promovem o entretenimento e discutem a realidade brasileira. Isto é salutar e legítimo”.
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