“Vale mais plantar maconha no mato”, defende especialista em cannabis
Formada em gastronomia, Thabata Neder já organizou jantares com receitas que levavam a planta e planeja uma linha de fitoterápicos à base de maconha
Aos 12 anos, um acidente esportivo deixou Thabata Neder com uma dor crônica nas costas. Após cirurgias e diagnósticos imprecisos, descobriu a Cannabis. “Tudo começou na plantinha, sou uma grande maconheira e sempre fui.” Depois de se formar em gastronomia, ela viajou à Califórnia para estudar fitoterapia e a planta medicinal. Na primeira visita, um aviso no aeroporto já dizia: “Você que gosta de Cannabis, vá ao médico!”. Desde então, utiliza a maconha em seu tratamento e orienta outros pacientes em uma ONG. “Chamo isso de espalhar a palavra”, brinca. Unindo as duas especialidades, Thabata chegou a promover jantares com receitas que levavam a planta. Hoje, ela vive no interior do estado, onde pretende morar até “envelhecer e virar poeira cósmica”, e planeja lançar medicamentos feitos à base da substância com sua nova empresa. “Nunca fui ativista e ainda não sou, acho que vale muito mais plantar maconha no mato, entregar pras pessoas e ensinar como se usa.”
Publicado em VEJA São Paulo de 28 de outubro de 2020, edição nº 2710.
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