Sil Curiati relata episódio de machismo no Manhattan Connection
Sem remuneração, apresentadora era única mulher da bancada e diz que colegas receberam proposta de salário; produção confirma negociação, mas nega machismo
Palestrante de negócios e narrativas para mulheres em Nova York, a paulistana Sil Curiati, 47, conta ter vivido um episódio recente de machismo como integrante do programa Manhattan Connection, que migrou em 2023 para o canal BM&C News.
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“Entrei com todos trabalhando de graça por oito meses porque estávamos em reconstrução. Com a entrada dos patrocínios, o produtor Bruno (Corano) ofereceu dinheiro a Lucas (Mendes), Caio (Blinder) e Diogo (Mainardi). Questionei, e ele respondeu que não tenho nada a ver com o que ele negocia com os outros. Que, no meu caso, eu deveria trabalhar por pelo menos mais um ano sem receber”, conta a publicitária e ex-executiva do Google.
“Com o pouco patrocínio que entrou num primeiro momento, sem dúvida nenhuma tive que priorizar o Lucas, o Caio e o Diogo porque eles são as grandes estrelas. Quem é o Bruno e a Sil? Pessoas com menor representatividade e valor para o programa. Até me incluo nisso”, justifica Bruno, por áudio, à coluna.
“Ela pressionou, e eu tinha que dar uma posição. Mas nada tem a ver com machismo, é só business.”
Em nota, o canal afirma que não participou das negociações. “A BM&C News repudia qualquer atitude machista e não compartilha com nenhuma forma de discriminação. O caso em questão nunca foi comunicado à direção da emissora, que não tem gerência sobre a produção do conteúdo do Manhattan Connection.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 18 de outubro de 2024, edição nº 2915