Pecuarista acusa Luisa Mell de armação em resgate de animais
"Fui tachado como assassino", diz Aguiar após acusações de maus-tratos; Luisa Mell diz ter encontrado vários dos animais sem água nem comida na fazenda
Após suspeitas de maus-tratos e golpes financeiros no negócio de engorda de bois, o pecuarista Tanagildo Aguiar afirma ter sofrido armação por parte das ONGs envolvidas no resgate de 300 bezerros em Cunha, interior de São Paulo, entre elas a de Luisa Mell. “Fui tachado como o assassino de Cunha, uma tentativa de dizer que somos uma pirâmide financeira”, alega. Além de afirmar que a ativista ficou com pelo menos cinco dos bezerros, ele planeja emitir uma contestação formal à ação. “Com vandalismo, não houve interesse em fazer a identificação de cada animal. É um esforço para criminalizar a pecuária de corte em ano político”, afirma.
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Em vídeos, Luisa mostra vários dos bichos sem água nem comida na fazenda. “Cinco deles estavam morrendo. É uma das maiores atrocidades que já vi, a maioria dos que peguei não sobreviveu”, diz ela. “E lá eles iam morrer de qualquer jeito. Fiz tudo o que era possível, mas alguns estavam totalmente desnutridos.” Aguiar nega as acusações. “Mais ou menos vinte deles estavam judiados e três em saúde crítica”, admite. “Mas não é verdade que tinham sido abandonados, tenho funcionários e especialista residente no local que davam todos os cuidados veterinários.”
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Publicado em VEJA São Paulo de 11 de maio de 2022, edição nº 2788